A modelo espanhola Joana Sanz, mulher de Daniel Alves, reclamou da presença dos jornalistas que estão na porta de sua casa em Barcelona diante da repercussão da prisão preventiva do jogador brasileiro nesta sexta-feira (20). Ele é acusado de agredir sexualmente uma jovem em uma boate na madrugada do dia 30 de dezembro. A modelo pediu privacidade e empatia aos profissionais.
"Peço, por favor, aos veículos de comunicação que estão do lado de fora da minha casa que respeitem minha privacidade nesse momento. Minha mãe morreu há uma semana", escreveu ela em seu perfil no Instagram, citando a morte da mãe.
"Mal comecei a assimilar que ela não está mais por perto para ser atormentada pela situação de meu marido. Perdi os dois únicos pilares da minha vida, tenha um pouco de empatia em vez de buscar tantas novidades na dor dos outros", completou a modelo.
Ela é casada com Daniel Alves desde 2017 e acompanhou o marido no Catar durante a última Copa do Mundo.
Antes dessa publicação, Joana havia publicado apoio ao marido na rede social. Naquele momento, ele ainda não havia sido detido. "Juntos", escreveu ela em uma foto de mãos dadas com Daniel Alves.
Foi justamente a morte da sogra que levou Daniel Alves a passar os últimos dias em Barcelona. Ele aproveitou a estada na cidade para prestar depoimento de forma voluntária à polícia, sem a presença de seus advogados. O atleta foi detido pela manhã e depois teve sua prisão preventiva ordenada no início da tarde pela juíza Maria Concepción Canton Martín, do Juizado de Instrução 15 de Barcelona.
Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa Y Ahora Sonsoles, da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.
No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou ter tido relações consensuais com a mulher, cujo nome não foi revelado. O suposto crime sexual teria ocorrido num banheiro unissex da área vip da casa noturna Sutton, em Barcelona.
Segundo o jornal espanhol El Periódico, o brasileiro trancou, agrediu e estuprou a mulher no banheiro da área VIP da casa noturna. Ele nega as acusações.
A juíza argumentou na decisão de prender o jogador que existia o risco de fuga, uma vez que o atleta não mora mais na Espanha e tem recursos financeiros para sair do país a qualquer momento. Além disso, a Espanha não tem acordo de extradição com o Brasil. Daniel Alves deve ficar preso até o julgamento, ainda sem data marcada. Ele está no Centro Penitenciário Brians 1, nos arredores de Barcelona.