A Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) descartou punir o alemão Alexander Zverev após investigação independente que apontou "evidências insuficientes" de agressão do tenista a uma ex-namorada. O ex-número dois do mundo corria o risco de sofrer uma dura sanção disciplinar no âmbito esportivo.
— Com base na falta de evidência confiável e de testemunhas oculares, além de declarações conflitantes por parte de Sharypova, Zverev e outros entrevistados, a investigação foi incapaz de confirmar as alegações de abuso ou determinar que houve violações às regras da ATP — registrou a entidade, nesta terça-feira.
De acordo com a ATP, a investigação começou em outubro de 2021 após relatos de Olya Sharypova de que teria sido alvo de agressões físicas por parte de Zverev. Desde a publicação das primeiras reportagens sobre o caso na imprensa americana, o campeão olímpico nos Jogos de Tóquio negou as acusações.
O processo de investigação durou 15 meses e foi conduzido por uma empresa independente, a The Lake Forest Group, cujo dono, G. Michael Verden, trabalhou por 21 anos no Serviço Secreto dos Estados Unidos.
— A LFG foi orientada a conduzir a investigação de forma completamente independente, com o consultor jurídico externo da ATP, Smith Hulsey & Busey, atuando como intermediário — disse a ATP.
O foco inicial da investigação foi a acusação de Sharypova de que sofreu agressão durante a disputa do Masters 1000 de Xangai em 2019. Mas a apuração envolveu ainda denúncias sobre outras supostas agressões ocorridas em Mônaco, Nova York e Genebra. A empresa fez "longas entrevistas" com ela, Zverev e outras 24 pessoas, entre familiares, amigos e tenistas, segundo a ATP.
Apesar da decisão de não aplicar punições, a entidade avisou que poderá rever sua decisão se houver novos elementos na investigação da Justiça comum. "Esta determinação poderá ser reavaliada se novas evidências vierem à luz ou se procedimentos legais revelaram violações às regras da ATP."