Historicamente, o torcedor alimenta a fantasia de que o jogador que teve passagem pelo clube há uma década ou mais voltará como uma solução mágica para os problemas. A declarações de amor ao clube vindas dos atletas contribuem para essa idolatria.
No embalo da repercussão, dirigentes com pouca criatividade compram a ideia e veem as contratações como grande negócio. O fato é que elas não tem dado certo. As mais recentes na dupla Gre-Nal envolvem Taison, Douglas Costa e Lucas Leiva.
Não vou comparar quem entregou mais, isso pouco agrega. Mas é importante a avaliação que eles ficaram muito abaixo de qualquer expectativa. Douglas Costa acumulou polêmicas em uma temporada que pouco conseguiu agregar na luta do Grêmio contra o rebaixamento. Taison é reserva do reserva do reserva. De Pena, Alan Patrick e Mauricio disputam duas vagas, e o camisa 7 sequer é cogitado.
No Grêmio, ainda que recente, Lucas Leiva fica devendo em todos os aspectos. Nas 11 vezes que esteve em campo na Série B, mostrou dificuldades para marcar os adversários. Tem sido um jogador burocrático, com passes laterais quando tem a bola.
Os três exemplos mostram que é preciso olhar para o que o jogador entrega no momento e não para o que ele fez no passado, ainda que tenha uma história no clube.