A Seleção Brasileira é octacampeã da Copa América Feminina. Maiores vencedoras da história do torneio, as brasileiras bateram a Colômbia na decisão por 1 a 0 e confirmaram a conquista na casa das adversárias. Debinha, em cobrança de pênalti, marcou o único gol da decisão deste sábado (30), no estádio Estádio Alfonso López, em Bucaramanga (Colômbia).
Em uma partida com muito mais dificuldades do que se projetava, a vitória coroou uma campanha irretocável. Invicta, a equipe de Pia Sundhage terminou a competição com seis vitórias, 20 gols marcados e nenhum gol sofrido.
A goleira Lorena, do Grêmio, e a meio-campista Duda Sampaio, do Inter, foram as representantes da dupla Gre-Nal na seleção. Mónica Ramos, zagueira da Colômbia, também é jogadora gremista.
No mesmo dia que completou três anos de trabalho, Pia Sundhage conquistou seu primeiro título com a Seleção Brasileira. O título premia a aposta em um projeto de renovação da equipe de olho nas disputas da Copa do Mundo de 2023 e também para a Olimpíada de 2024. Como campeã da Copa América, enfrentará as vencedoras da Eurocopa em fevereiro. Inglaterra e Alemanha se enfrentam neste domingo, às 13h.
As colombianas apostaram em um jogo mais físico, de muita marcação. Enquanto isso a seleção brasileira buscava soluções em lances individuais. Na base da velocidade no contra-ataque, as donas da casa aproveitavam os erros do Brasil para partir em direção ao gol de Lorena.
A goleira da Seleção Brasileira, no entanto, teve pouco trabalho. Em uma das suas poucas participações na partida, Lorena fez uma defesa difícil em cobrança de falta de Usema. A colombiana acertou um belo chute, com 20 minutos de partida, mas a camisa 1 estava atenta no lance e evitou ser encoberta pela finalização.
Empurradas pela torcida local, as colombiana não se constrangeram em recorrer até a puxões de cabelo para conter os ataques da Seleção Brasileira. Mas na habilidade de Debinha, o Brasil encontrou a solução para superar a forte marcação colombiana. A atacante partiu da entrada da área em direção ao gol com uma série de dribles rápidos. A última defensora entre a camisa 9 e a goleira fez a falta para impedir o gol. Pênalti sofrido e convertido por Debinha, com 38 minutos.
Nos acréscimos do primeiro tempo, o Brasil perdeu a chance de ampliar a vantagem. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou livre para Bia Zaneratto. Mas a finalização da atacante do Palmeiras passou por cima do gol defendido por Manuela Vanegas
A forte marcação colombiana seguiu criando uma série de dificuldades para a Seleção brasileira impor seu estilo de jogo. As brasileiras conseguiam levar a bola até a intermediária ofensiva, mas não encontravam os espaços para gerar boas situações de finalização.
Aos nove, Debinha quase marcou o seu segundo gol. A atacante aproveitou falha de marcação da defesa colombiana e partiu livre em direção ao gol. Mas na hora da finalização, a camisa 9 escolheu mal e acertou o corpo da goleira da Colômbia.
A pressão pelo resultado colocou as colombianas com mais pressa para atacar, o que abriu espaços para os contra-ataques brasileiros. Mas com muitos erros técnicos e de tomada de decisão, a Seleção não conseguia aproveitar as oportunidades ou ao menos manter a posse de bola no campo de ataque para evitar as investidas das adversárias.
A Seleção Brasileira acabou sofrendo uma pressão maior nos minutos finais, mas soube suportar bem os ataques da Colômbia e confirmou a oitava vitória em nove edições da Copa América Feminina. Um título que sacramentou a superioridade brasileira no futebol sul-americano.