O Brasil entra em campo nesta terça-feira (26), às 21h, contra o Paraguai, no Estádio Alfonso López, em Bucamaranga, na Colômbia, em busca de uma vaga na final da Copa América Feminina. A campanha até a semifinal foi irretocável. Foram quatro vitórias em quatro partidas, com 17 gols marcados e nenhum sofrido.
A classificação à decisão, além de garantir tranquilidade em um momento de reformulação, também servirá para pavimentar o futuro do time da técnica Pia Sundhage. Se superar as paraguaias, a Seleção Brasileira garantirá com antecedência vagas na Copa do Mundo de 2023, que será disputada na Austrália e na Nova Zelândia, e nas Olimpíadas de 2024, em Paris, na França.
Depois de rodar o elenco na vitória contra o Peru, por 6 a 0, a escalação terá força máxima. No último treino, realizada na segunda-feira (25), Pia Sundhage deu indício da repetição do esquema utilizado nas vitórias sobre Argentina, Uruguai e Venezuela, com uma dupla de ataque formada por Bia Zaneratto e Debinha.
A manutenção da posse de bola será fundamental no confronto eliminatório, de acordo com Pia Sundhage. A treinadora mostrou preocupação com a bola parada das rivais. A capacidade de finalizar de fora da área também chamou a atenção.
— Espero que o Paraguai seja perigoso nos contra-ataques, porque isso vai significar que mantivemos bem a posse. Outra situação são as cobranças de falta e chutes de longa distância. Há muitas boas jogadoras arriscando. Isso me impressiona na América do Sul e, especialmente, na seleção paraguaia — destacou Pia Sundhage.
A solidez defensiva das brasileiras também foi comemorada por Pia. Ela citou a evolução apresentada pela goleiro Lorena, do Grêmio, titular durante toda a competição, e ressaltou o trabalho em conjunto:
— Defender é um trabalho de equipe. Não ceder gols é ótimo para todas nós, especialmente para a confiança da Lorena. Quanto mais partidas ela faz, mais confiante ela fica, mais calma terá e mais tomará a iniciativa. Na transição da defesa para o ataque, ela está mais rápida na reposição, lendo o jogo melhor. Essas situações fazem com que ela cresça. É uma ótima oportunidade para que ganhe experiência.
Do lado adversário, mesmo não sendo favorito para avançar, o Paraguai já tem o que comemorar. Esta é a segunda vez que a seleção chega entre as quatro melhores do campeonato. A última vez havia ocorrido em 2006, quando terminaram na quarta colocação.
Um dos responsáveis pelo momento é conhecido do futebol brasileiro. Marcello Frigério, com passagens por Avaí/Kindermann e Cruzeiro, está desde o início do ano à frente da equipe que quer surpreender o continente.