Um assunto que vem movimentando a política do futebol mundial nos últimos tempos não teve diminuída a polêmica no 72º Congresso da Fifa, que está sendo realizado no Catar. O presidente da entidade, Gianni Infantino, foi enfático ao dizer que jamais propôs a realização de Copas do Mundo de dois em dois anos. Tal declaração, porém, mesmo dita com eloquência, não põe fim ao tema. Ao contrário, ficou clara a vontade de Infantino de que o assunto evolua para que haja no futuro não só uma proposta, mas a efetivação da ideia.
O dirigente admitiu que a FIFA fez um minucioso estudo, sob a responsabilidade do francês Arsène Wenger , ex-treinador do Arsenal, que desde 2019 comanda o setor de desenvolvimento global do futebol na entidade. Uma equipe com especialistas em diversas áreas viu o impacto que transformar transformar o torneio em bienal causaria em clubes, federações, público e atletas. Segundo Infantino, há a segurança de que é viável que a competição seja a cada dois anos, mas que isto não foi colocado em discussão:
— Nunca propusemos mundial bienal, apenas fizemos estudos e concluímos que é viável. O objetivo foi criar um ambiente para debates e esta é a fase que devemos entrar agora. Há uma consulta muito respeitosa que precisa ser feita aos clubes e aos atletas. Temos que respeitar a pirâmide do futebol, na qual a Fifa é o topo — declarou Gianni Infantino.
O assunto está longe de ser encerrado e, ao falar sobre os clubes, Gianni Infantino citou a formação de ligas, algo que pode passar a ser ponto de barganha entre a Fifa e as agremiações. O dirigente está convicto e com vontade de criar um novo e menor ciclo entre os mundiais. Basta agora formatar a disputa. A polêmica seguirá.