O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, denunciou nesta quinta-feira (6) "uma perseguição política" do tenista Novak Djokovic, cujo visto foi cancelado pelas autoridades australianas.
— O que não é jogo limpo é a perseguição política (contra Djokovic), da qual participam todos, incluindo o primeiro-ministro da Austrália, fingindo que as regras são válidas para todos — disse Vucic à imprensa.
O presidente sérvio destacou que vários jogadores foram autorizados a entrar na Austrália nas mesmas condições, ao contrário do que aconteceu com o tenista sérvio. O número 1 do mundo permanece retido em um hotel, à espera da resolução judicial de seu caso.
As autoridades sérvias estão fazendo "todo possível" para ajudar Djokovic. Belgrado disse ter entrado duas vezes em contato com o embaixador australiano na Sérvia e que a primeira-ministra, Ana Brnabic, vai falar com uma autoridade de alto escalão do governo australiano.
Belgrado vai pedir às autoridades australianas que permitam a Djokovic ficar na casa que havia alugado para o Aberto da Austrália, e não no hotel onde se encontra atualmente. Vucic chamou a instalação de "infame".
— Acho que esse tipo de fúria política sobre Novak vai continuar para que eles possam provar algo. Quando você não pode vencer alguém, então você se dedica a esse tipo de coisa — acrescentou.
A Austrália cancelou nesta quinta-feira o visto de Djokovic, que chegou ao aeroporto de Melbourne sem os documentos necessários para entrar no país, informou a alfândega australiana.
O tenista número 1 do mundo, que não esconde seu ceticismo em relação às vacinas, anunciou a obtenção de uma liberação médica para poder viajar para a Austrália.
O Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam da temporada, será disputado no país, de 17 a 30 de janeiro, um torneio no qual Djokovic foi nove vezes campeão.
* AFP