O empate em 1 a 1 entre Equador e Brasil, nesta quinta-feira (27), pelas Eliminatórias da Copa do Mundo foi marcado por vários lances polêmicos que precisaram de uma atuação efetiva da arbitragem de vídeo para serem definidos. Além de pênaltis revisados, goleiro Alisson chegou a ser expulso duas vezes, mas teve cartões anulados e terminou a partida em campo. Relembre os lances:
Expulsão no Equador
O primeiro lance polêmico ocorreu aos 13 minutos da etapa inicial, quando o Brasil já vencia por 1 a 0. Matheus Cunha foi lançado por Fred e, na meia lua da grande área, atingido com as travas da chuteira de Dominguez. As câmeras flagraram o pescoço de Cunha, que apresentava um corte e sangramento. Após sete minutos de paralisação para verificação do VAR, o goleiro do Equador foi expulso.
Cartão vermelho retirado de Alisson
Aos 25 minutos, a primeira expulsão de Alisson. O goleiro ex-Inter saiu da área para fazer uma intervenção e, logo após afastar a bola, atingiu a cabeça do atacante Enner Valencia. De imediato, o árbitro Wilmar Roldán deu cartão vermelho para o brasileiro. Entretanto, após cinco minutos de revisão no VAR, a arbitragem entendeu que a falta era apenas para cartão amarelo, evitando assim uma segunda expulsão brasileira, já que Emerson já tinha ido para o chuveiro mais cedo.
Pênalti revisado e anulado
O segundo tempo ainda apresentou mais duas marcações da arbitragem que envolveram a revisão do VAR. Aos nove minutos, Roldán marcou pênalti de Raphinha em Estupiñan, em jogada pelo lado esquerdo. Na verificação, contudo, percebeu que o brasileiro não atingiu o equatoriano. Assim a marcação foi anulada.
Pênalti e cartão vermelho revisados
Já nos acréscimos, quando o placar apontava 1 a 1, a segunda expulsão de Alisson. Após lançamento na área brasileira, o goleiro afastou a bola com um soco e depois acabou atingindo Preciado. A arbitragem não só marcou pênalti para o Equador como optou por sinalizar um novo cartão amarelo para o brasileiro, que acabaria expulso.
O problema seria gigante para Tite, pois o técnico já havia esgotado o limite de paradas para substituições e poderia, caso o time da casa marcasse o gol, conhecer a sua primeira derrota nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Contudo, Wilmar Roldán verificou a lance e percebeu que Alisson atingiu primeiro a bola. Sendo assim, pênalti e cartão foram cancelados.
— É claro que a presença do VAR foi fundamental para salvar Wilmar Roldán. Isso ajuda a preservar o resultado mais justo. Entretanto, não há jogo que possa ser considerado bom para uma arbitragem que comete erros em quatro decisões capitais. Isso causa demora, insegurança e o jogo fica bagunçado. Não é um desempenho no nível de um juiz que tem Copa do Mundo no currículo — avalia Diori Vasconcelos, comentarista de arbitragem da Rádio Gaúcha e colunista de GZH.