A cautela falou mais alto para Tite em relação ao último duelo da Seleção Brasileira pelo Grupo B da Copa América. Em entrevista coletiva neste domingo, após o empate em 1 a 1 com o Equador, o comandante canarinho reconheceu que preferiu não coloca em campo muitos jogadores que corriam risco de suspensão nas quartas de final, mesmo que arcasse com um tropeço.
Este critério pesou inclusive nas mudanças da equipe.
— Planejamos o que íamos fazer e decidimos preservar ao máximo quem estava com cartão. Aí o (Renan) Lodi leva uma pancada e eu vou, me arrisco e coloco o Alex Sandro. Se ele toma cartão, eu fico sete dias sem dormir. Tem que ser o que é importante para a equipe — disse.
Tite, porém, valorizou a maneira como a equipe se comportou no empate em 1 a 1.
— Fizemos um grande primeiro tempo. inclusive, parecia que fluía de maneira que jogavam juntos há bastante tempo, criando oportunidades, trabalhando a bola, tendo oportunidades, articulação. Claro que têm etapas, momentos, circunstâncias. No segundo tempo, o Equador veio atacando melhor, fez o gol de empate. Só retomamos a partir do meio da segunda etapa e frisou:
— Claro que gostaríamos de um placar melhor e termos ajustado detalhes, por exemplo, da bola parada defensiva, naquela que tomamos o gol. Mesmo sabendo que na bola parada ofensiva o fizemos. Mas, nessa circunstância todas, em termos de desempenho, inclusive com o Paquetá, estou muito contente — completou.
Em relação à queda de rendimento canarinha com Danilo pela esquerda, foi declarado.
- É uma dificuldade de atleta que atua pela direita. Perde um pouco do estilo de jogo. Foi eficiente no setor defensivo, mas perdeu a amplitude pela lateral - afirmou o auxiliar Cléber Xavier.
- É normal e natural. Tínhamos que ficar alerta em quem estava com cartão - disse Tite.
O técnico também falou sobre os desafios da Seleção Brasileira no mata-mata.
- Dizer que não pode errar é desumano. Temos de minimizar a margem de erro. Quando falamos em solidez defensiva, precisamos de ponto de equilíbrio. Existem etapas de domínio, de controle, para que possamos jogar partidas decisivas.
A Seleção volta a campo na sexta-feira, contra o quarto colocado do Grupo A, no Nilton Santos.