Os três casos de coronavírus no Grêmio — o técnico Renato Portaluppi e os jogadores Paulo Victor e Vanderson — são uma realidade até certo ponto comum nos últimos 13 meses no mundo esportivo: sequências de testes positivos nas mesmas instituições.
O primeiro caso emblemático ocorreu na NBA, quando um jogo do Utah Jazz foi cancelado, assim como toda a temporada, ao haver a notícia do primeiro caso: o pivô Rudy Gobert. Dias depois, o companheiro Donovan Mitchell também testou positivo. Os casos forçaram a liga a interromper a competição, que só voltou no formato de bolha, na Flórida.
No futebol brasileiro, o caso do Grêmio também não é inédito — e está longe, por enquanto, dos mais graves. Em novembro, o Brasileirão chegou a registrar 56 casos espalhados em 10 times. Palmeiras, Atlético-MG, Santos e Vasco foram fortemente afetados. O Flamengo também teve um surto — curiosamente, também quando visitou o Independiente del Valle no Equador, em setembro.
Em março, o Corinthians teve oito jogadores e 11 membros da delegação afastados do clássico contra o Palmeiras. Recentemente, a Ponte Preta também registrou mais de 30 casos entre atletas e outros profissionais. O Marília, que fez uma viagem de mais de 2 mil quilômetros de ônibus para um compromisso pela Copa do Brasil diante do Criciúma, teve 16 positivos entre jogadores e funcionários.
Em 2021, também houve uma série de surtos na Argentina — o que levou a Associação do Futebol Argentino (AFA) a aumentar inspeções pelos clubes — Independiente, Banfield, Racing, Sarmiento e Gimnasia La Plata tiveram múltiplos casos de contágio.
Competições como o Mundial de Handebol, com desistências de seleções, e o Sul-Americano de Esportes Aquáticos também foram afetados.
A Conmebol pretende não interromper a Libertadores, mesmo diante de casos como o do Grêmio. A ideia da entidade é transferir locais de jogos, se houver proibição de governos nacionais, e forçar os times a jogar desfalcados — por isso a entidade permitiu a inscrição de 50 jogadores por elenco.