Diante do cenário projetado para retomada do Gauchão para a segunda quinzena de julho, a Federação Gaúcha de Futebol e os clubes analisam iniciativas realizadas por países que já voltaram a rolar a bola. São dois cenários mais propícios para contar com o tradicional apoio dos torcedores, mesmo que os portões estejam fechados pelos protocolos previstos para o retorno do torneio.
De acordo com o presidente da entidade, Luciano Hocsman, as duas alternativas para amenizar a ausência da presença de público nos alambrados dos estádios são inspiradas em medidas europeias.
A primeira é através de um aplicativo de conversas que poderá possibilitar a instalação de telas nas arquibancadas com os torcedores assistindo aos duelos de suas residências. Porém, os custos podem pesar.
— Estávamos tentando viabilizar as transmissões pelos telões. A ação foi feita na Dinamarca. Acho difícil pela estrutura e investimento — revelou o mandatário.
Responsáveis pelas áreas de ações para os torcedores em dias de jogos, Thiago Floriano, gerente do DTG (Departamento do Torcedor Gremista), e Victor Grunberg, vice-presidente de administração colorado, estudam alternativas para os seus estádios.
— Estamos analisando os modelos. Ainda estamos numa fase embrionária. É uma análise do que foi feito e ver o que poderemos fazer por aqui. Comentamos sobre isso. Oficialmente não chegou nada pra gente — revelou Floriano.
— Ainda não conversamos. Vamos esperar algo mais concreto por parte da FGF. Fico me perguntando em relação aos clubes do interior, teriam condição de fazer isso? — ponderou Grunberg.
Algo mais simples, que inclusive já é realizado por clubes europeus na retomada das partidas, é a utilização dos cânticos das torcidas nos alto-falantes dos estádio. Porém, há necessidade de verificação se nenhuma regra será burlada.
— Os alto-falantes podem ser debatidos. Vamos verificar os impeditivos, se algum clube pedir, não vejo maiores problemas, desde que não quebre regras — admite Hocsman.
Tanto Grêmio e Inter aguardam, além das datas dos confrontos, um parecer da entidade que comanda o futebol gaúcho para sacramentar quais medidas poderão ser implementadas para reduzir o impacto da ausência da torcida. Floriano ressalta que o protocolo também deve encaminhar o que será feito:
— Quanto mais restrito for, mais difícil será de fazer as coisas — disse.
No Inter, o cenário é semelhante. Porém, outras áreas também estão envolvidas nas discussões:
— Trabalhamos em conjunto com o marketing. Por enquanto, nada definido — finaliza Grunberg.