A equipe de GaúchaZH pesquisou o custo que a dupla Gre-Nal tem com jogadores emprestados. Funciona assim: jogadores são cedidos, e o clube dono dos direitos paga parte do salário. O custo do Grêmio é de R$ 600 mil por mês, e o do Inter, de R$ 400 mil. É muito dinheiro, considerando jogadores que não são utilizados.
Por que isto acontece ? Simples. Os clubes fazem contratos longos para não correrem o risco de perder o vínculo dos jogadores. Quando algum atleta não responde tecnicamente, ele acaba sendo emprestado, com parte dos seus salários bancada pelo clube que o cedeu - em alguns casos, pagando todo salário.
Este é um dos efeitos negativos da Lei Pelé, aquela que terminou com o passe dos jogadores e entregou aos clubes os chamados direitos econômicos e federativos. Quando o jogador vai bem, o clube pode vendê-lo e faturar. Mas quando não acerta, deixa este rastro financeiro penoso para os clubes.
Testes
O Departamento Médico do Grêmio realizou nova bateria de testes nos jogadores e funcionários do Grêmio. Em 84 testes, nenhum caso positivo foi encontrado. O mesmo ocorreu poucos dias atrás no Inter. Quero renovar a ideia de que não existe nenhuma classe de trabalhadores que tenha tantos cuidados como os jogadores de futebol.
E não é só na Dupla Gre-Nal. Vi os protocolos do Caxias e fiquei admirado com os cuidados e as preocupações dos médicos do campeão do primeiro turno do Gauchão. Sendo assim, não consigo entender por que não podemos jogar futebol já em julho e teremos de esperar até agosto para ver a bola rolar. Jogadores ficarão entediados de tanto treinamento e sem saber quando poderão jogar. Se temos uma situação sanitária muito tranquila, por que não aproveitar?