Desde o dia 7 de abril, Ronaldinho está em prisão domiciliar no Hotel Palmaroga, na região central de Assunção, no Paraguai. Ao lado do irmão Assis, o jogador pode circular livremente pelo local, que não conta com outros hóspedes por conta do coronavírus, e utilizar a academia do hotel. Os dois foram presos no dia 6 de março, por terem sido flagrados com documentos falsos.
Em entrevista ao jornal ABC Color, publicação de maior circulação no Paraguai, Ronaldinho contou que chegou ao país no dia 4 de março para participar do lançamento de um cassino online, além de lançar o livro O Craque da Vida. O retorno dele e do irmão ao Brasil estava marcado para o dia 7 de março, um dia antes da festa de aniversário do filho do craque.
— Nosso voo estava marcado para sábado (7 de março) às 3 da manhã, porque era para o aniversário do meu filho. Sobre o que aconteceu depois (pedido de prisão decretado), eu não sei — contou.
A defesa de Ronaldinho está confiante na absolvição. O próximo passo será protocolar o pedido de liberação imediata e autorização para retornar ao Brasil. Os trabalhos da Justiça paraguaia serão retomados na próxima segunda-feira (4), o que dá esperança ao ex-atleta, que espera que a situação seja resolvida o mais rápido possível.
— Acho que sim, tenho fé (na absolvição), oro sempre para que as coisas corram muito bem, espero que isso acabe logo.
Na conversa com os jornalistas, Ronaldinho também relembrou alguns momentos da carreira como jogador, como a conquista Sul-Americano Sub-17 disputado no Paraguai, um ano antes da estreia na equipe profissional do Grêmio.
— Sim, é uma lembrança muito boa, muito jovem. Era um título que o Brasil ainda não tinha, era importante para o início da minha carreira. Graças a esse título, quando voltei para Grêmio, logo pude fazer parte da equipe profissional.
Após deixar o clube gaúcho de forma polêmica, o meia foi para o PSG. Os melhores momentos, no entanto, foram pelo Barcelona, onde o gaúcho ajudou o clube espanhol a se reerguer no cenário europeu.
— É outro momento mágico. Conquistar uma Liga dos Campeões com o Barça foi algo muito especial, o clube não vinha de bons anos e ganhar algo importante novamente foi muito especial — concluiu.