Os Estados Unidos estão fora da briga pelo título na Copa do Mundo masculina de basquete. A França superou os favoritos por 89 a 79, avançou às semifinais da competição na China e quebrou uma longa sequência de invencibilidade dos norte-americanos nos principais torneios.
O resultado foi a primeira derrota da equipe em um Mundial ou em uma Olimpíada desde 2006. Naquele ano, o EUA perdeu por 101 a 95 para a Grécia nas semifinais do Mundial.
De lá para cá, foi construída uma sequência vitoriosa, com medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 2008, 2012 e 2016 e nos Mundiais de 2010 e 2014. A série de invencibilidade foi quebrada na preparação para a Copa do Mundo, no mês passado, mas o revés no amistoso com a Austrália foi tratado como treino.
Na disputa para valer, porém, os Estados Unidos voltaram a encontrar dificuldades. Já na primeira fase, o time dirigido por Gregg Popovich, técnico do San Antonio Spurs, precisou da prorrogação para vencer a Turquia por 93 a 92. Houve demonstrações de crescimento ao longo do campeonato, mas a campanha foi encerrada diante da boa equipe francesa nas quartas de final.
A formação norte-americana não contou com os principais jogadores da NBA, com vários pedidos de dispensa. Atletas como Kawhi Leonard, Paul George, Anthony Davis e LeBron James permaneceram nos Estados Unidos, preparando-se para a próxima temporada.
Mesmo assim, montou-se o que era considerado um time de bom nível, com destaques como o armador Kemba Walker, o ala-armador Donovan Mitchell e o ala-pivô Harrison Barnes. Não foi suficiente, e a realidade agora será disputar uma decepcionante chave que vale o quinto lugar.
Com sua primeira vitória sobre os Estados Unidos em um Mundial, os franceses avançaram para enfrentar a Argentina nas semifinais. Do outro lado da chave, brigarão por uma vaga na decisão Espanha e Austrália.
Ficaram definidos, assim, os classificados para os Jogos Olímpicos via Copa do Mundo. Estarão em Tóquio 2020 as seleções de Espanha, França, Austrália, Argentina, Estados Unidos, Nigéria e Irã, além do anfitrião Japão.
Restam quatro vagas, que serão disputadas em quatro torneios pré-olímpicos, com seis times em cada um. O Brasil participará de um deles e pediu à federação internacional para receber a disputa, a ser realizada em junho, um mês antes da Olimpíada.