A Copa América está marcando o retorno de Daniel Alves à Seleção Brasileira. Capitão de Tite, ele está de volta após a lesão que o tirou da Copa do Mundo de 2018. Em Salvador, para o jogo de terça-feira (18) contra a Venezuela, ele vive um momento especial. Nascido em Juazeiro, começou a carreira profissional no Bahia. Na entrevista coletiva deste domingo, no Hotel Deville, ele lembrou o início da trajetória:
— Pouca gente sabe, mas quando o Bahia me contratou eu estava no Juazeiro e não tinha nem contrato. No ônibus, vindo para Salvador, fizemos um contrato às pressas para poder ser profissionalizado. Com esse contrato, passei a ganhar R$ 60. Pode não parecer nada, mas era muito para a minha família na época.
Em 2003, Daniel foi vendido para o Sevilla, da Espanha, e ganhou o mundo. Passou por Barcelona e Juventus, antes de chegar ao PSG, onde está atualmente. Aos 36 anos, imaginou-se que o seu ciclo estivesse terminado na Seleção Brasileira. Mas pelo futebol que está jogando, existe a possibilidade jogar a Copa do Mundo de 2022:
— Eu me permito pensar nisso (jogar mais um Mundial). Não sei se vai acontecer, porque a gente precisa sempre se reinventar. E tem um detalhe, não quero desperdiçar o meu tempo e a minha energia com o passado ou o futuro. Quero me concentrar no presente. Se estiver fazendo bem o meu trabalho, sempre tenho chance.
Com 43 títulos na carreira, Daniel Alves ficou cerca de 50 minutos na sala da entrevista coletiva respondendo perguntas variadas sobre a sua carreira, retorno ao seu Estado e o futuro na Seleção Brasileira e no PSG. Sobre o que tem como objetivo no seu estilo, uma resposta curiosa:
— Eu tento ser uma mistura e Cafú e Jorginho. A raça do Cafú com a qualidade do Jorginho. Acho que esse é o modelo ideal. É o que eu tento ser.