A cidade de Los Angeles e o basquete possuem uma história de amor. São 11 títulos no cenário universitário com UCLA e outros 16 do Lakers na NBA. Porém, existe outra franquia da NBA na cidade dos anjos, o patinho feio chamado de Los Angeles Clippers. Desde sua chegada a LA em 1984, o Clippers nunca conseguiu avançar para as finais de conferência — equivalente às semifinais do campeonato — e tiveram menos de 10 temporadas com mais vitórias do que derrotas. Porém, a equipe busca novos ares com sua reformulação.
Mesmo com sucessos recentes — nos últimos sete anos, foi para os playoffs em seis —, o Clippers era conhecido por problemas organizacionais e no vestiário. Após o antigo dono ser obrigado a vender a franquia devido a incidentes raciais, o time foi comprado por US$ 2 bilhões pelo antigo CEO da Microsoft, Steve Ballmer, em 2014, fato esse que alterou o rumo da equipe, desfazendo o elenco anterior e começando a reconstrução dentro e fora das quadras.
Steve Ballmer trouxe uma nova mentalidade ao Clippers. Contratou o jornalista Lee Jenkins — conhecido por seu trabalho traçando perfis de atletas — para o papel de diretor de pesquisa e identidade, além da contratação da lenda do Lakers e multicampeão como dirigente Jerry West para a equipe. Passos importantes na reconstrução da franquia vista como piada nos anos 1990 e 2000.
A visão arrojada de Ballmer pode ser vista nos planos de adquirir pelo menos uma estrela ao elenco no próximo ano, indo a jogos em Toronto atrás de Kawhi Leonard com dirigentes e diversas pessoas ligadas ao Clippers mantendo uma presença de certa forma constante em seus jogos. Até mesmo os jogadores já estão expressando interesse em jogar por eles, preterindo o Lakers de LeBron James.
A inauguração da primeira quadra pública da equipe em Los Angeles no ano de 2018 foi mais uma tentativa de aproximar a comunidade ao time. A construção de seu próprio ginásio, em Inglewood, busca separar de uma vez por todas as duas franquias da NBA existentes na cidade, já que elas hoje dividem a mesma arena. Ainda que demande tempo e dinheiro, o Clippers irá para onde jamais foi.