Vithor Lersch, armador natural de Santa Cruz do Sul, conseguiu um feito no Novo Basquete Brasil (NBB) na última terça-feira. Na vitória do Mogi sobre o Campo Mourão, ele se tornou o jogador mais jovem da história da liga a conseguir um triplo-duplo — dois dígitos em três fundamentos. O jogador anotou 10 pontos, 10 rebotes e 10 assistências.
Vithinho tem médias de 4,5 pontos, dois rebotes e 3,2 assistências por jogo na temporada. Seu time, o Mogi, está em terceiro lugar na classificação, com um aproveitamento de 82,4% — atrás apenas de Paulistano e Flamengo.
Em entrevista ao GaúchaZH, o atleta falou sobre o seu momento na carreira e sobre a fase do basquete nacional.
Como tem sido a sua evolução no NBB?
Tem sido incrível para mim, ainda mais nos últimos meses. Tive um início irregular, com altos e baixos, mas me encontrei, consegui uma sequência de bons jogos. Isso tudo eleva o moral. Estou trabalhando muito para essa fase não terminar e que essa evolução renda bons frutos para Mogi na reta final do NBB e na Liga das Américas.
Quais são os seus objetivos no basquete?
Tenho muitos objetivos no basquete, mas os principais são voltar a defender a seleção brasileira, agora como profissional, e jogar fora do país. Já tive o prazer de defender o Brasil na base, gosto muito do estilo europeu de basquete também, então esses são meus principais objetivos na carreira. Mas sei que as coisas acontecem passo a passo, com muita dedicação, muito empenho, muito treino, e é isso que estou fazendo no momento.
Como você avalia, para o nível do NBB, a presença de jogadores como Leandrinho e Anderson Varejão?
Só tem a agregar para o basquete brasileiro. Mais visibilidade, mais qualidade, só melhora. Espero que cada vez mais cheguem atletas desse nível, que tenho certeza que fará muito bem ao esporte no Brasil.
O Mogi tem umas das melhores campanhas da temporada. Como é a briga por espaço dentro de um elenco tão competitivo?
Nós temos um dos melhores elencos da competição, então é natural haver disputa interna. Disputo vaga com o Larry Taylor, que é um cara incrível, muito gente boa e que me ajuda muito. Aprendo demais com ele. Sei que tenho que fazer meu papel, vindo do banco e mudando o jogo, colocando ritmo do time em quadra. É ótimo ter essa disputa interna desde muito novo, como sempre tive em Mogi. Tenho certeza que me faz evoluir sempre.
A gestão do basquete nacional vive um momento complicado, apesar do crescimento do NBB. como você avalia esta fase da seleção e da CBB?
A seleção está passando por uma fase de renovação, acredito que vá crescer muito com o novo técnico. Tem tudo para dar certo. Torço por isso.