O Barcelona acertou com o Palmeiras, nesta quarta-feira, os detalhes finais da compra do zagueiro Yerry Mina, de 23 anos. O acordo, apalavrado desde segunda-feira, saiu por 12,3 milhões de euros (mais de R$ 47,4 milhões). O pagamento será à vista, e o Palmeiras ficará com 10 milhões de euros (quase R$ 38,5 milhões). É a maior venda de um zagueiro na história do futebol nacional.
Mina, que já não vinha treinando com o elenco neste início de pré-temporada, está liberado para se apresentar ao seu novo clube. Ele fez 49 jogos pelo Verdão, marcou nove gols e foi campeão brasileiro em 2016. O jogador vai se despedir em breve da torcida do clube em um vídeo.
O Barcelona pagará 11,8 milhões de euros (R$ 45,4 milhões) por 100% dos direitos econômicos do zagueiro colombiano e mais 590 mil euros (R$ 2,2 milhões) de taxa do mecanismo de solidariedade para os clubes formadores - equivalentes a 5% do valor da venda. O Palmeiras exigia que os catalães arcassem com esta quantia, que normalmente é paga pelo clube que efetua a venda.
O dinheiro do mecanismo de solidariedade será repartido posteriormente pelos clubes que Mina defendeu até os 23 anos, sua idade atual: Deportivo Pasto (COL), Santa Fe (COL) e o próprio Palmeiras.
Os 10 milhões de euros que cairão na conta do Palmeiras correspondem a mais do que os 80% dos direitos econômicos que pertenciam ao clube. Alexandre Mattos conseguiu fazer com que o Santa Fe (COL) aceitasse receber 1,8 milhão de euros pelos 20% dos direitos que possui.
Esse valor equivale a 20% de 9 milhões de euros, que era o preço estipulado em contrato para que o Barça levasse Mina após a Copa do Mundo. O Palmeiras não era obrigado a vendê-lo antes de julho. Como o jogador pediu para ser negociado e os espanhóis vinham insistindo desde o ano passado, o clube aceitou negociar, mas fez exigências e não abriu mão delas.
Os espanhóis têm preferência para levar o zagueiro desde que ele foi contratado pelo Palmeiras, no meio de 2016. Mattos conseguiu seduzir o jogador, que estava indo para o futebol alemão, com a possibilidade de jogar no Barcelona no futuro.
Um outro detalhe torna o negócio ainda mais vantajoso para o Verdão. Quem pagou R$ 11,7 milhões para comprar o defensor não foi o clube, mas o ex-presidente Paulo Nobre, que agora receberá o dinheiro de volta com uma pequena correção monetária. O lucro, que gira em torno de R$ 25 milhões, ficará todo com o clube.