Olimpíada de 2012 em Londres, decisão da medalha de bronze no judô, categoria meio-pesado feminino. Toda a torcida brasileira era pela sogipana Mayra Aguiar. Nós, gaúchos, tínhamos nela nossa grande estrela nos Jogos. O sonhado ouro havia ficado na semifinal, mas o pódio inédito para um atleta do Estado tinha significado semelhante. Faltavam 15 minutos para ela enfrentar a holandesa Marhinde Verkerke.
O tatame usado nos confrontos decisivos ficava distante da zona mista, onde estavam os repórteres. De lá, porém, pude ver na primeira fila de cadeiras, junto ao local da luta, o técnico Kiko Pereira e o vice-presidente da Sogipa, Alexandre Algeri. Mesmo distantes, eles também me avistaram e começaram a fazer sinais alucinados me chamando. Não entendendo o que eles queriam me dizer, por trás das arquibancadas, fui até a entrada daquele setor do ginásio, destinado a convidados especiais. Algeri veio me encontrar e convidou:
– Fica conosco. Estamos bem pertinho do tatame.
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Respondi que não podia, pois minha credencial não dava acesso àquela localidade. Foi quando ele garantiu.
– Fica tranquilo. Aqui é lugar para dirigentes de confederações. O Kiko se apresentou como técnico e eu dei um "PIN" (pequeno broche) da Sogipa para o controlador da entrada. Liberamos tudo, até para nossos "convidados".
O dirigente me apresentou para o simpático voluntário, que me encaminhou a uma cadeira ao lado do tatame, de onde foi possível ver a vitória de Mayra, conferir sua festa conosco, pois correu para abraçar a "delegação sogipana", na qual em me integrei, e ainda colher ao vivo as primeiras palavras da primeira medalhista olímpica individual do Rio Grande do Sul.
Tudo com um valioso PIN da sesquicentenária Sogipa.
*RÁDIO GAÚCHA