Um jogador que fez sucesso no Japão e na Chapecoense estará acompanhando a decisão da Copa Suruga na manhã desta terça-feira, a partir das 7h, em Saitama, no Japão. Rodrigo Gral, que atualmente defende o Igrejinha, na segunda divisão Gaúcha, já jogou em Saitama, pelo Omiya Ardija. Em suas cinco temporadas defendeu também o Yokohama Marinos e o Jubilo Iwata, onde foi campeão da Liga Japonesa em 2002 e da Copa do Imperador em 2003. Ele enfrentou várias vezes o adversário da Chapecoense, o Urawa Red Diamonds.
– Joguei inúmeras vezes contra o Urawa, eram grandes jogos, clássicos contra Emerson Sheik, Washington, Alex Santos, Pontes. Eles tinham muitos brasileiros nessa época. Nos dois primeiros anos tive mais sorte, nos últimos dois era mais complicado, mas os jogos eram bons, de muitos gols e casa cheia- lembra.
Rodrigo Gral não tem detalhes do atual time, mas dá dicas sobre as características do futebol japonês.
– É um futebol de intensidade, velocidade, toques rápidos, são automáticos, sempre cumprindo sistema tático. Não tem improviso ou jogada individual. Na maioria das vezes, é coletivo. Eles não desistem fácil do jogo, podem estar perdendo que a intensidade é a mesma. A torcida é um show à parte, canta o tempo todo, uma das mais vibrantes da Liga, vai ser uma grande festa – destacou.
O ex-atacante da Chapecoense disse que a Copa Suruga é bastante valorizada no Japão, pois representa o encontro de dois times campeões. Também serve para o futebol japonês avaliar seu estágio.
Gral destacou que o futebol do país cresceu muito e citou o exemplo do Kashima Antlers, que chegou na semifinal do Mundial de Clubes no ano passado.
Para o jogador, que é natural de Caxambu do Sul e acompanhava o pai no estádio regional Índio Condá, antes de ir fazer testes da dupla Grenal, é gratificante ver o time onde fez seu gol número 500 e que ajudou a subir da Série C para a Série B, em 2012, estar no mesmo palco onde marcou muitos gols.
– Meu sentimento é de alegria de poder ver o clube da minha cidade poder estar disputando competições internacionais, se estruturando após tudo o que aconteceu há menos de um ano, a perda de todas as vidas. Acho que esse jogo ainda leva esse sentimento do trabalho que o “time de guerreiros” representa para todos nós – disse Gral.
Se na Série B de 2012 e no Catarinense de 2013 Rodrigo Gral era o jogador que trazia experiência de conquistas nacionais e internacionais para a Chapecoense, agora é o clube que proporciona essa experiência para muitos jogadores.