A lesão ocorrida com Pedro Geromel nos dá a exata noção do esgotamento físico dos atletas gremistas. Claro que foi uma lesão de jogo, casual e inesperada. Mas, inegavelmente, há de se entender o desgaste dos jogadores.
Com certeza, todos estavam ou estão muito próximos de sofrer este tipo de lesão, na medida em que há excesso de jogos, quase todos decisivos. E talvez até mais do que esse esgotamento físico, determinado por exames científicos, os atletas, como seres humanos que são, convivem com sério esgotamento psicológico ou emocional, em face das responsabilidades atribuídas a cada partida – como disse, decisivas. Há muito trabalho interno pela frente, e tenho convicção de que está sendo feito, para atacar e enfrentar todas as dificuldades de diferentes valências. Tenho escrito sobre isso e não canso de repetir.
Na minha época de dirigente, há muito tempo atrás, sem as modernidades científicas que existem atualmente, o que tornava mais difícil detectar proximidade de lesões, já se buscava preservar atletas.
Na época do Banguzinho
Possuía o Grêmio, à época, um extraordinário preparador físico, o professor Paulo Paixão, que andava sempre na frente dos demais clubes, tanto que foi multicampeão pelo Grêmio e, depois, por outros clubes e pela Seleção Brasileira.
Chegamos, também por iniciativa profissional do Felipão, a jogar, em ano de Libertadores e Mundial, a decisão do Gauchão com um time misto, o saudoso Banguzinho. E fomos campeões. Por todos esses motivos, há que se preservar atletas, priorizar competições e buscar vencer aquilo que é possível, pois todas simultaneamente é quase impossível.