Aos 28 anos, Marlon Moraes tomou uma decisão: depois de quase cinco anos no WSOF, três deles como campeão dos galos, era a hora de ir para o UFC e procurar desafios maiores. Com o fim do contrato no evento antigo, passou a negociar com o Ultimate. As tratativas se arrastaram, mas o contrato foi finalmente fechado. A sua estreia será no UFC 212, dia 3 de junho, no Rio de Janeiro. O adversário é outro brasileiro: Raphael Assunção.
ZH conversou com Marlon Moraes, e o lutador falou sobre a expectativa no novo evento, planos para disputa de cinturão e a nova chance de lutar no Brasil.
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As negociações demoraram, mas você finalmente fechou com o UFC. Como se sente com o contrato assinado?
Caraca, finalmente saiu (risos). Demorou muito além do que imaginávamos inicialmente, mas acredito que tudo aconteça na hora certa. Estou muito feliz com mais esse desafio na carreira, é o que eu realmente queria para minha carreira agora. É a realização de um sonho, mas longe de ser o que eu quero em definitivo. Agora vou me dedicar muito nos treinos e nas lutas para chegar ao topo. Quero ser campeão do UFC.
A estreia será contra o Raphael Assunção e no Rio de Janeiro. Qual a sua expectativa para esta luta?
Expectativa muito boa. O Raphael é um cara muito duro, completo, e sei que terei uma pedreira pela frente. Quando isso acontece, temos que nos dedicar ainda mais no dia a dia, nos treinamentos, para superar. Respeito muito o Raphael, ele é um cara gente fina, mas vamos trabalhar no dia 3. Será uma grande luta.
Você obviamente passará a enfrentar lutadores de um nível muito mais alto em relação ao WSOF. A sua ideia é manter a preparação ou fazer alterações?
Confio muito nos meus treinos e no que eu sou capaz de fazer dentro da luta. Enfrentei caras duríssimos no WSOF, Josh Hill, Sheymon Moraes, entre outros, então acredito que estou pronto para me dar bem no UFC. Tenho a cabeça no lugar, tenho excelentes treinos, e tudo isso me dá essa confiança.
O que você mais aprendeu durante os cinco anos no WSOF?
Aprendi que cada luta é a luta da sua vida. Estreei no evento logo contra o Miguel Torres, um cara que tinha acabado de lutar pelo UFC e era um dos principais nomes da categoria naquele momento. Depois peguei o Tyson Nam, que tinha nocauteado o Dudu Dantas no Brasil. Então tive uma caminhada cheia de obstáculos no WSOF, e aprendi a superar cada um deles. Saí de lá com 11 lutas e 11 vitórias, sendo cinco defesas de título. Saí do evento em outro patamar como lutador, e sou muito grato ao evento por todo esse tempo juntos.
Você já tem planos de disputar o cinturão do UFC? Você acredita ter condições de vencer os principais nomes da categoria?
Eu quero disputar o cinturão do UFC, mas acredito que isso também irá chegar na hora certa para mim. Tenho uma luta muito dura pela frente, que será um grande desafio. Estou focado no Raphael, mas acredito que tenho condições de bater qualquer um da categoria, sim, inclusive o campeão (Cody Garbrandt). Os fãs verão a melhor versão do Marlon Moraes no dia 3 de junho.
Você não luta no Brasil desde 2010. É uma sensação diferente?
Com certeza. Todas as lutas que fiz no Brasil não chegam perto do que é uma edição do UFC. Então será uma sensação muito especial, uma emoção grande. Mas deixarei isso fora do octógono. Acredito que a reação da torcida será de acordo com o desempenho do Raphael e meu na luta. Quem estiver melhor vai levar a torcida também. Estou com uma disposição de iniciante para essa luta, aquela que te motiva a fazer muito mais nos treinos e na luta. Será incrível.
*ZHESPORTES