O trajeto da Restinga até a Arena, iniciada três horas antes do Gre-Nal, teve um desfecho inesperado para a família do aposentado Alceu Favarin, 67 anos. Ao parar para abastecer o carro em um posto de combustíveis na Avenida Padre Cacique, em frente ao Beira-Rio, Favarin e outros quatro torcedores do Grêmio tiveram o veículo em que estavam depredado por um grupo de torcedores colorados.
– Eles pareciam uns selvagens quando vieram para cima de nós. Botaram meu genro a socos para dentro. Deram uma pedrada no para-brisa e uma garrafada no veículo. Nunca tinha passado por uma situação assim. Foi uma covardia, tivemos a sorte de sair vivos. Não vou mais a Gre-Nal. O pessoal fica muito alterado – disse o aposentado.
Segundo relato do torcedor, o grupo, munido de pedras e garrafas, aproximou-se quando ele, o genro, o neto de 16 anos e um casal que os acompanhava deixaram o veículo para abastecer o tanque a gás. Testemunhas contam que, no grupo, algumas pessoas vestiam a camisa da torcida organizada Camisa 12. A presidente da organizada, Juliana Coutinho, nega participação da torcida. Segundo ela, no momento da confusão os membro da torcida estavam na sede, que fica nas proximidades.
– O que aconteceu não tem nada a ver com a 12. São outras pessoas que sempre se reúnem no posto. Acontece que depois eles correram na direção onde fica a nossa sede. Já conversamos com o gerente do posto – disse Juliana.
Sobre o relato de que pessoas envolvidas usavam camisetas da torcida, Juliana explicou que a torcida também comercializa suas indumentárias, o que poderia ter contribuído para a ligação.
Após o episódio, o grupo deixou o veículo no Estacionamento do Praia de Belas Shopping e seguiu viagem em outros meios de transporte até a Arena (parte foi de Uber e outra, de ônibus). No retorno, Mauro André Moraes de Souza, motorista e proprietário do carro, registrou ocorrência na 20ª Delegacia de Polícia, no bairro Cristal. Ninguém ficou ferido.
*ZHESPORTES