Apesar da goleada contra o Oeste e da classificação à próxima fase da Copa do Brasil com bom futebol, ainda é cedo para empolgação com o Inter. Há muita coisa para resolver até maio, quando se inicia a Série B.
O treinador Antônio Carlos Zago tem exatos 79 dias, a partir de hoje, para afinar a equipe para a estreia. É um tempo razoável para a implantação do sistema tático, treinamento de jogadas ensaiadas e entrosamento. Fundamental, portanto, que o técnico defina o quanto antes os titulares e evite rodízio. Alguns já são inquestionáveis: Danilo, Uendel, Dourado, Charles e D'Alessandro. Outros, como Klaus, Carlos e Brenner, conquistam espaço aos poucos.
Com a chegada de Cuesta e Pottker, restarão apenas duas dúvidas: a lateral-direita e a meia. Para a primeira, as opções agradam: Alemão, Junio e William, que será reintegrado. Mas a segunda é o buraco do time. Zago vai testar as peças que tem, mas elas são insuficientes. A busca desse homem deve ser a meta da direção para fechar o grupo.
O desequilíbrio entre os setores sempre cobra um preço alto. Se não contratar, provavelmente o Inter entrará na Segunda Divisão com um meio vacilante.
Calma com Ortiz
Muita calma com o garoto Léo Ortiz. Zagueiro, ele apresentou virtudes interessantes na quarta-feira. Só que uma partida é pouco para cravar que o guri dará conta do recado. Talvez por estarmos tão receosos com Paulão e Ernarndo, temos a tendência de supervalorizar seus prováveis substitutos. Vamos devagar e com critério. A contratação de Cuesta já descascou metade do abacaxi.
*Maurício Tonetto é interino.
*Diário Gaúcho