A lista dos árbitros brasileiros que farão parte do quadro da Fifa em 2017 foi divulgada com mudanças. Basta olharmos quem sai, quem entra e quem fica para termos a certeza de que não há como entender os critérios adotados pela CBF nas alterações. Uma coisa, no entanto, ficou clara: as decisões não levaram em conta o aspecto técnico como fator principal.
Dos três árbitros que entram no quadro internacional o mais preparado é o carioca Wagner Magalhães, de 37 anos. Ele demonstrou muita regularidade na temporada 2016 e parece estar pronto para assumir a condição.
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A promoção do paranaense Rodolpho Toski Marques, de 29 anos, não surpreende. O que chama atenção é o momento em que ocorre. Qual o grande jogo ou a grande decisão que ele tem na carreira? Estamos falando de um árbitro recém promovido ao quadro de aspirantes Fifa e que não tem 20 jogos de Série A na carreira. Vejo muito potencial em Rodolpho Marques, mas entendo que poderia continuar amadurecendo para ser lançado nos próximos anos.
A escolha que não se justifica de forma alguma é a de Wagner Reway, do Mato Grosso. O juiz de 35 anos não pode estar em uma lista que deveria ter os 10 melhores árbitros do país. É simples de explicar: ele está longe dessa condição. É um árbitro inseguro e, por vezes, confuso dentro de campo. Não considero que esteja em um nível técnico aceitável para ser cogitado para o quadro da Fifa. Havia outras opções melhores, como o árbitro catarinense Bráulio da Silva Machado ou até a manutenção de quem já estava.
Não discuto a saída de Héber Roberto Lopes, que está no último ano da carreira. Se o objetivo era a renovação, ele era o árbitro perfeito para deixar o quadro. É o que está mais perto de largar o apito.
Entretanto, observando quem entra, fica mais difícil entender a saída do gaúcho Leandro Vuaden. Aos 41 anos, teria a possibilidade de seguir atuando até os 45 anos no quadro internacional. O mesmo vale para o carioca Péricles Cortez, que tem a mesma idade.
Realmente o critério para as escolhas não foi técnico, mas espero que as trocas feitas pela CBF representem melhoria na qualidade da arbitragem. Olhando nome por nome, o plantel do apito piorou.
*ZHESPORTES