Após 23 anos como treinador da seleção brasileira de vôlei, sendo 16 deles com o time masculino, Bernardinho não se afastará totalmente dos compromissos da atual campeã olímpica. Em entrevista à TV Globo, o técnico do líder da Superliga feminina, Rexona-Sesc, afirmou que está em Tóquio 2020. Mas como torcedor.
– Eu vou estar lá em Tóquio, na arquibancada. Pela primeira vez, vou poder ir a outro ginásio torcer por alguém. Em nenhuma Olimpíada eu fiz isso. Fiquei só no ginásio do vôlei.
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Bernardinho celebra poder ter deixado a seleção no auge, após a conquista do ouro olímpico no Rio 2016.
– Foram muitas lições importantes. Se você perguntar das medalhas, eu tenho mais réplicas do que medalhas. Mas as memórias, tenho fatos importantes, situações importantes. Elas que eu vou levar para o resto da vida. A minha vida esportiva foi muito bem-sucedida e eu não tenho mais direito de pedir nada. Sob o ponto de vista humano, foram viagens incríveis com pessoas incríveis. Foi incrível essa jornada.
Apesar do estresse que levou o treinador a se afastar da camisa canarinha, Bernardinho segue no comando do Rexona-Sesc, atual líder da Superliga feminina.
– Vou continuar com as meninas lá do Rio de Janeiro. Elas sabem que eu vou estar ali com elas e me dedicar demais a isso. Talvez eu não precise gritar, porque eu vou não vou estar no ginásio com 10 mil pessoas, mas eu vou vibrar, eu vou suar, eu vou correr atrás. Isso que eu quero levar comigo sempre. Para onde eu estiver, que eu não sei onde é ainda. Eu estou com medo desse momento, de qual vai ser o próximo passo.