Tostão defendeu a camisa da Seleção Brasileira durante seis anos, marcou 36 gols e ajudou a equipe a conquistar o Tri da Copa do Mundo em 1970. Quase 50 anos depois, é um dos maiores comentaristas do futebol brasileiro, tendo sua coluna publicada no jornal Folha de São Paulo. Em entrevista ao Domingo Esporte Show, o "Vice-Rei" analisou o início de Tite no comando da equipe canarinho.
"Eu também fiquei entusiasmado (com as vitórias da Seleção Brasileira). Agora é preciso pé no chão. Eu vi o Tite começar um trabalho surpreendentemente, jogando de maneira organizada, como se fosse há muito tempo, os jogadores melhor, o Neymar cada vez mais espetacular, etc. Até agora, está indo tudo bem. Agora, isto não significa que vai ser sempre assim", salientou o ex-jogador.
O ídolo do Cruzeiro comparou o atual comandante da Seleção com o anterior, Dunga. Segundo Tostão, o ex-volante também teve uma sequência de vitórias, que não eram sinônimo de bom futebol.
Entretanto, o futuro da equipe parece ser promissor. O atual colunista destacou o crescimento de alguns jogadores mais jovens, que fazem com que o peso não fique apenas nas costas de Neymar.
"O Brasil tem alguns jogadores crescendo em produção. O Gabriel Jesus é uma grande esperança que se torne de ponta no futebol mundial nos próximos dois anos. As coisas estão indo bem, estou animado. No Brasil se tem muito isso, se tudo vai bem, é uma euforia descabida. De vez em quando eu escuto uns absurdos, eu sou mais pé no chão. Tem que ter senso crítico. Depois perde e é uma depressão imensa", disse.