Lamentavelmente, queimei a língua com o meu otimismo propagado neste espaço, na semana passada, quando ainda tinha esperanças que o pior momento da defesa do Grêmio tivesse passado. No jogo deste domingo, contra o Botafogo, além de termos levado um chocolate do medíocre time carioca que, por sua vez, levou cinco do Cruzeiro semana passada, ainda demos mais um atestado que seguimos tropeçando na hora H, com atuações lamentáveis e com jogadores que não são dignos de vestir a camisa do Grêmio.
Estou me tornando repetitivo, mas a ruindade de Marcelo Oliveira me obriga a tal postura. Jogo após jogo, ele repete atuações lamentáveis. Ontem, no primeiro gol, mais uma vez, ele estava completamente fora do lugar.
E por onde saiu o cruzamento que resultou no primeiro gol do time carioca? Pelo seu lado, é claro. Para completar a lambança, Edilson marcava a bola, e Camilo fez um golaço, diga-se de passagem, em lance de rara felicidade.No segundo gol, originado por uma roubada rápida de bola do Botafogo, em poucos passes, os cariocas pegaram a nossa zaga completamente fora do lugar.
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Segundo tempo: uma repetição do primeiro
No segundo tempo, pelo jeito, a conversa de Roger com os atletas no vestiário não surtiu nenhum efeito. O Grêmio seguiu "na roda" do Fogão, sendo totalmente envolvido pela velocidade do time carioca. Tivemos que assistir, ainda, a lances de efeito aplicados por nomes do Botafogo em cima de alguns jogadores do Tricolor.
E a má atuação do time chegou em uma espécie de efeito-cascata. Edílson foi péssimo. Walace estava em dia irreconhecível. Jailson fez, de longe, sua pior atuação pelo Grêmio. Douglas passou o jogo sumido. Luan também não conseguiu produzir. Já as mudanças feitas por Roger surtiram efeito diferente, mas nada que fosse capaz de mudar o resultado. Ramiro, como sempre, nada acrescentou. Batista fez mais do que os que estavam em campo, marcando um gol quase sem ângulo.
Mas não tivemos forças, qualidade e competência para empatar.Enquanto tivermos um time como esse, mediano, e um grupo de reposição pior ainda, o destino que nos resta é perder de times como o Botafogo. A saída de Giuliano, que venho criticando há semanas aqui, e a falta de reforços qualificados já estão cobrando seu preço.
Enquanto isso, a vaga do G4 segue mais longe. De repente, seja melhor não conseguir nada no fim do ano, nem vaga nem título na Copa do Brasil. Assim, a direção pensa em contratar um pouco melhor em 2016. Ou, vai saber, é hora de nos contentarmos em sermos um time médio do Brasil.