Goleado pelo Coritiba, em queda no Brasileirão, o Grêmio de Roger Machado e Romildo Bolzan vive um momento crucial na temporada. Supera a turbulência ou terá provocado uma dolorosa decepção no torcedor.
As últimas atuações colocam Roger no divã. Por ora, a continuidade não dá os frutos esperados. Pelo contrário, a performance decai. O melhor momento de Roger foi quando ele chegou, em maio de 2015. Não havia tempo para treinar, o elenco era enxuto e desacreditado. Pois o Imortal surpreendeu e, num ano de corte de despesas, classificou para a Libertadores. É bom lembrar que terminou o Brasileirão na banguela, mas o torcedor acreditou que o Grêmio viria forte e ambicioso em 2016. Não veio.
De fora da área
Paulo "McCoy" Lava: contagem Regressiva para Felipe Massa
Daniel Stein Rohr: manifesto contra a vaia
Marcio Bariviera: ou muda ou morre
O primeiro semestre foi pífio. Eliminado pelo Juventude na semifinal do Gauchão e pelo Rosario nas oitavas da Libertadores. Romildo segurou Roger e o time acordou no Brasileirão. No momento de assumir a liderança, afinou. Em vez de melhoras, observa-se um rosário de desculpas, como se Coxa, América, Santa Cruz e Vitória não tivessem suas dificuldades.
Os meses correm e os insucessos se repetem pelos mesmos motivos. Por isso, a inconformidade do torcedor com Roger e com a direção. Fica a impressão de que o treinador está solto demais, sem um conselho ou cobrança mais fortes da cúpula do clube.
Para reencontrar o caminho, Roger poderia começar por coisas simples, como repensar a marcação na bola aérea. Ele trabalha a bola parada, mas sua defesa vaza pelo alto desde o Gauchão. Ou seja, o método de treinamento peca.
Roger também deveria repensar titulares, vide Marcelo Oliveira. Ele não marca e não ataca com eficiência. Ainda é salutar desistir de ter Ramiro como ficha um para cada desfalque. Não adianta chamar volante de médio-apoiador, pois a nomenclatura não fará ninguém jogar mais. Simplificar seria um bom caminho.
A reação tricolor é urgente. Há tempo para crescer visando Brasileirão e Copa do Brasil. Essa reação pesará na biografia de Romildo. No primeiro mandato, o presidente traz zero título, valorização da base, muita conversa sobre a compra da Arena (anunciada há dois anos) e o "superávit". Ainda há tempo para colocar um título nesta história.
Haverá mobilização? Espero que sim.
*ZHESPORTES