Eu sei, não teve a dimensão da vitória de 2x0 contra o Flamengo de Zico, Adílio, Mozer e Zagalo no Bento Freitas super lotado em 1985. Não teve a dimensão do acesso para a Série C nacional após vitória nos pênaltis sobre o Brasiliense, na capital federal em 2014. Muito menos quando calamos 60 mil no Castelão no acesso à Série B em 2015. ( sempre fora de casa, hein?) Mas seria uma epopéia, se conquistassemos nossa primeira vitória em outro estado na Série B nacional contra o CRB, terceiro colocado, e de virada. Esses feitos só estão reservados para clubes únicos como o Grêmio Esportivo Brasil.
Mas o início do jogo foi pintado com as cores da tragédia. Falta do lado da área aos 5 minutos. Diego Jussani bate, a barreira Xavante inexplicavelmente abre, e Martini nada pode fazer. 1x0 para os donos da casa, no Rei Pelé. Castigo duro para quem entrou em campo querendo ganhar. Dois volantes: Leite e Nem. Uma linha de 3: Garcia, Diogo e Soares e Ramon na frente. Não me assustei. Com essa disposição arrojada do Rogério Zimmerman estávamos no jogo. A partida foi equilibrada. Com orgulho digo: jogamos de igual para igual contra o terceiro colocado dentro do Rei Pelé. E essa postura foi recompensada no fim do primeiro tempo. Ramonstro pegou a bola na intermediária limpou de um defensor e largou no canto direito. 1x1 e fim do primeiro tempo.
Na segunda etapa, ao contrário de segurar o empate como em outras ocasiões, o Xavante Grande do Sul partiu pra cima e continuou encarando o CRB. Cheguei a postar no Twitter: " o vira é questão de tempo". E não deu outra: Nathan ROTTWEILER aproveitou a indefinição entre o defensor e o goleiro alagoanos e meteu pra dentro: 2x1, de virada. Quem apontou falha do goleiro acertou, mas em parte. Mas pergunto: e o oportunismo do Nathan no lance, não merece nenhum mérito?
Agora é Avaí no Caldeirão terça que vem ( 02) para fechar o turno. Uma vitória e terminaremos a primeira metade do campeonato com 30 pontos. Sabe o que isso significa? Se fizermos a metade dos pontos no segundo turno ( 15 pontos, ou cinco vitórias) garantiremos o Xavante na Série B nacional em 2017. Nada mal, né? Um abraço a toda nação Xavante, em especial a Onda Xavante e Invasão Xavante, dois núcleos de torcedores em Porto Alegre e Região Metropolitana que "invadiram" o Gaúcha Sports Bar nessa sexta, transformando o local em uma extensão do Bento Freitas. Lamentavelmente não pude estar presente. Parabéns Marlene Dornelles, Vinícius Colvara e outros xavantes abnegados.