Vamos iniciar com a agenda positiva. O Brasil venceu mais uma na Baixada. São quatro vitórias e um empate no Caldeirão rubro-negro. Treze pontos em 15 e invicto. O Brasil é quinto colocado e a dois pontos do G4.
Como a prioridade é se manter na Série B nacional em 2017, o xavante está a oito pontos do primeiro rebaixado, hoje o Goiás. Isto disputando um campeonato com um estádio em obras com capacidade de público reduzida.
Lembrando que, há 3 anos, o Brasil disputava a segunda divisão estadual. Além do acesso regional, ocorreram nesses três anos dois acessos nacionais, além de dois títulos de campeão do interior nos gauchões de 2014 e 2015. E a agenda positiva termina aqui.
Agora, o outro lado: a atuação xavante neste sábado foi preocupante. Assim como no jogo anterior, em Criciúma. Um primeiro tempo morno com apenas uma oportunidade de gol. Diogo Oliveira se livrou da marcação pela direita, entrou na área e cruzou rasteiro para Ramon, que passou da bola.
Produção pífia para quem enfrentava o lanterna da competição dentro de casa. O Tupi, de Juiz de Fora, foi um dos parceiros de acesso no ano passado.
Já o segundo tempo deu a impressão de que a coisa mudaria radicalmente. Com 30 segundos de jogo, Felipe Garcia encontrou Ramon, que se livrou da marcação e cruzou para o meio da área, mas ninguém apareceu para marcar. A partir daí, o time foi parando e jogando de forma burocrática e sem agredir o Tupi com a contundência necessária.
Alterações: saiu Marcos Paraná, entrou Nathan. O Cachorrão ainda está devendo. Muita correria e pouca produtividade. Saiu Diogo Oliveira, entrou Clébson. Gostei do pernambucano. Toques rápidos e objetivos. Clareou, ele chuta. Vislumbro no futuro uma dupla de volantes interessante com Marcão.
Voltando ao jogo, a partida se arrastava para mais um empate na Baixada com direito a vaias e murmúrios. Até que, nos acréscimos, Marlon cobra falta na cabeça do goleador Felipe Garcia. O goleiro Rafael Santos chegou a tocar na bola, mas não evitou o gol salvador.
Após o fim do jogo, um pouco de confusão. O técnico xavante, Rogério Zimmermann, não gostou das críticas durante o jogo e discutiu com alguns torcedores que vaiavam o time pouco antes do gol. Quer saber? Ambos têm razão; O técnico, por enaltecer a campanha, e os torcedores por cobrar atuações melhores de um time que joga junto há 3 anos.