À espera dos resultados de seus três postulantes a vagas olímpicas – Gilvan Ribeiro (canoagem), Maria Portela (judô) e Eduardo Menezes (hipismo) –, Santa Maria já pode comemorar, pelo menos, um representante no Rio 2016.
O santa-mariense Juliano Souza, 34 anos, ex-atleta profissional, é um dos auxiliares técnicos da seleção brasileira masculina de basquete em cadeira de rodas nos Jogos Paralímpicos. Natural de Santa Maria, Juliano começou a jogar aos 11 anos de idade nas quadras do Ginásio Saul José Machline, a casa do Corintians.
– Saí de Santa Maria aos 12 anos e morei em várias cidades do país. Mas sempre continuei jogando basquete. Aos 17, comecei a atuar na equipe Unitri, de Uberlândia-MG. Fomos campeões brasileiros em 2004 (competição que hoje é chamada de NBB, a primeira divisão do basquete nacional) – comentou Juliano.
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Mesmo longe do Rio Grande do Sul há mais de duas décadas, Juliano lembra com carinho da sua terra natal:
– Minha família mora em Santa Maria. Sempre que posso, vou visitar meus familiares. E, como bom gaúcho, tenho uma ligação forte com a minha cidade – orgulha-se Juliano, que parou de jogar profissionalmente aos 26 anos, após uma lesão ligamentar no joelho direito.
Em 2009, ele foi convidado a assumir o comando do time de cadeirantes da Afadefi, de Balneário Camboriú, equipe a qual treina até hoje. A Afadefi é o único clube do Sul do país na primeira divisão do Brasileiro de Cadeira de Rodas.
– É bastante profissional. Investimos em contratações, treinamos três horas por dia, e os atletas e a comissão técnica são remunerados a partir de contratos. Estamos lidando com histórias de superação fantásticas. Estar no basquete é muito legal. É o que gosto de fazer desde criança – diz Juliano, que, além de auxiliar técnico do treinador caxiense Tiago Frank, da seleção principal masculina de cadeira de rodas, é o técnico das seleções brasileiras de cadeirantes nas categorias sub-21 e sub-23 e vai conduzir a tocha olímpica em Balneário Camboriú, em 12 de julho.
Juliano Souza não é o único auxiliar técnico da seleção principal. Junto com ele, também ocupa o cargo Matteo Feriani.
A seleção brasileira de cadeira de rodas ficou em 10º lugar na Olimpíada de Athena, em 2004, sua melhor colocação na história da modalidade. Em 2012, em Londres, o time não obteve a classificação.
Os Jogos Paralímpicos ocorrem de 7 a 18 de setembro. Antes, entre 5 e 21 de agosto, o Rio de Janeiro recebe os Jogos Olímpicos.