Pobre Neymar. No Barcelona, joga ao lado de Messi, gênio, e Luis Suárez, um goleador histórico. Na Seleção, camisa 10, que é sua de direito, atura o incrível Hulk.
Na ausência de Roberto Firmino, machucado, Dunga chamou Jonas, 31 anos. O ex-gremista não era lembrado desde 2012. Sua incrível sequência de gols no Benfica, 29 em 27 partidas, recuperou o interesse do treinador.
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A falta de um companheiro qualificado ao único craque brasileiro em atividade faz a Seleção sofrer. A dor é antiga. Afeta, dói desde que Ronaldo Fenômeno pendurou a camisa 9 na história. A posição se ressente de Romário, Bebeto, Careca, Tostão, Jairzinho. Falar de Pelé é contatar outro mundo.
Não são Hulk e Jonas que resolverão as carências ofensivas. Numa Seleção verdadeira, Brasil referência mundial, eles seriam planos remotos. Ganham espaço porque o setor anda carente. Procure um brasileiro especial no ataque dos principais times europeus. Não há um só.
Nem a dupla Gre-Nal conta com dois números 9 qualificados, especiais, dignos de Seleção.
Neymar terá mais uma dúzia de companheiros antes de aparecer o parceiro ideal, um desconhecido que ainda vive nas categorias de base da desacelerada fábrica de talentos do país.
O Brasil enfrentara o Uruguai, no próximo dia 25, em Pernambuco, e o Paraguai, no dia 29, em Assunção, em mais uma rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.
Hulk será titular. Começará ao lado de Neymar. Jonas fica no banco, opção de segundo tempo.