Um oceano financeiro divide River Plate e Barcelona e desenha limites entre a América e a Europa do futebol. Os espanhóis levantaram R$ 2,4 bilhões no ano fiscal de 2014/2015. Os argentinos não passaram dos R$ 250 milhões.
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O Barça é um dos três times mais ricos e populares do mundo. O River está preso nas fronteiras do seu país. O poder financeiro coloca um deles como comprador, que segura os melhores e atrai valores mais qualificados ainda. O outro é vendedor. Quando capta jovens atletas da região, negocia. Sustenta-se assim, como os brasileiros, sem contar com a bolada da TV que rendeu R$ 1,1 bilhão aos 20 clubes do Brasileirão 2014.
Messi não treina, e Neymar deve enfrentar o River Plate
Do continente do River saíram os três jogadores mais importantes do seu adversário espanhol na decisão de amanhã no Mundial de Clubes da Fifa, o conterrâneo Messi, um gênio, o brasileiro Neymar e o uruguaio Luis Suárez. A diferença técnica é tremenda.
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Apesar do progressivo desinteresse europeu, o Mundial da Fifa, murcho devido ao Fifagate, é uma competição cada vez mais desigual. Quanto mais ricos são os times europeus, mais miseráveis se apresentam os adversários nas finais. Só o dinheiro que Messi e Neymar, esqueça o milionário rendimento do craque espanhol Iniesta (ao lado), recebem por temporada, cobriria o faturamento anual do time argentino e ainda sobraria troco. A cada ano, o favorito europeu é mais favorito, mesmo que o futebol permita os milagres diários.
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A diferença é tanta que o treinador espanhol Luis Enrique consegue poupar Messi e Neymar, testar jovens e fazer experiências no Japão. Times do interior da Espanha são mais fortes do que o River.
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Luiz Zini Pires
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