A Argentina está com o poder na mão. Pode aliviar ou estragar o Ano Novo de Dunga. O técnico da Seleção está sob atenta observação da CBF. Seu trabalho não agrada a todos. Há uma divisão clara entre os dirigentes que trabalham com o presidente Marco Polo Del Nero. Um grupo influente acredita que o treinador vai bem quando os jogos são amistosos, mas não consegue fazer do Brasil uma equipe competitiva em torneios oficiais.
Quem está contra Dunga cita o fracasso da Seleção na Copa América. Recorda a derrota para o Chile, na abertura das Eliminatórias, e o oitavo lugar do Brasil no ranking da Fifa, atrás de três seleções do continente. Criticam o sistema de trabalho da comissão técnica, alvo de reclamações do lateral Daniel Alves, do Barcelona, meses atrás, e até da convocação de alguns jogadores e ausência de outros.
Quem pede a saída de Dunga - o ataque será muito mais forte em caso de derrota, em Buenos Aires - reforça que a troca de treinador será boa até para a imagem da CBF, que vive momentos turbulentos depois da explosão do Fifagate. Lembra que Tite, quase campeão do Brasileirão pelo Corinthians, é o treinador mais bem avaliado do país, preferido dos torcedores, dirigentes, imprensa, e que poderia começar a comandar a Seleção em janeiro, ainda com tempo de alcançar as Olimpíadas do Rio, em agosto.
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