Astro principal do UFC São Paulo, que acontece neste sábado, no ginásio do Ibirapuera, Vitor Belfort foi o lutador mais requisitado pela imprensa no Media Day do evento, no qual os atletas projetaram seus desafios e atenderam. O brasileiro foi questionado sobre os casos antigos de doping, em especial por conta de um documento divulgado recentemente que revela que Vitor lutou com altos índices de testosterona no embate com Jon Jones, em setembro de 2012, com o conhecimento do UFC, que nada teria feito a respeito do assunto.
- Antes de todas as minha lutas, sempre teve alguma discussão. Sempre trazem algo para discutir. A coisa mais difícil de lidar é com aquilo que é externo. Você não tem controle. Não tenho controle sobre o que você pode perguntar, tenho que pensar como vou lidar com isso. Isso sempre fez parte da minha carreira. Eu gostaria de saber o que vocês (jornalistas) acham. De todos os que faziam o uso da TRT (Terapia de Reposição de Testosterona), quase todos eram americanos e ninguém era questionado. A mídia pode responder sobre isso. Na realidade, os meus médicos e o UFC resolveram isso. Sempre dividi meus exames com eles. Lutei aprovado pela comissão e sempre aprovado pelo UFC. Nunca teve nada debaixo do pano - afirmou o lutador.
A reportagem publicada pelo site Deadspin relata o envio equivocado de um resultado de exame de Vitor Belfort pré-UFC 152 para diversos atletas. Tal exame aponta o doping do brasileiro, que fazia o uso da TRT já na época, mas havia sido chamado de última hora para enfrentar Jones em disputa de cinturão ocorrida no Canadá. Segundo o lutador, ele foi ameaçado pelo jornalista responsável pela publicação da história.
- O repórter estava me ameaçando e ao UFC também. Eu disse que ele podia fazer o que quisesse. Foi um e-mail que foi passado para vários lutadores equivocadamente e foi colocada como matéria para ser vendida. As pessoas ainda não entendem muito a TRT, essa questão de banir a TRT. Depois do banimento sempre cumpri com todas as regras. Antes não entendiam. O MMA decidiu não ter mais e acabou. E não se arranha uma imagem assim. O negativo é o que se precisa para se botar na chamada. Poucos profissionais conseguem valorizar esse lado do seu trabalho. Casos isolados não podem tirar o valor de uma carreira - ponderou.
*LANCEPRESS