Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, em Fortaleza, o lateral-direito da Seleção Brasileira, Daniel Alves, ainda que admita o distanciamento entre jogadores e torcida, pede que a equipe "não pague o parto" pela revolta em relação as questões políticas e sociais.
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- Nossa família é aqui no Brasil, continua indo para o batente. Eu não entendo certo tipo de coisa. O brasileiro está tão revoltado com outras coisas. Somos a linha de frente dos disparos. Ficamos um pouco a mercê de tudo. Se formos nos preocupar com os tapas, não vamos chegar a qualquer outro lugar. Sabemos que não temos a credibilidade, mas estamos buscando essa confiança. O pedido é que a Seleção Brasileira não pague o parto de todo o Brasil. Nosso comprometimento é grande e vai continuar sendo, independentemente das opiniões - afirmou o atleta.
Daniel, que é baiano de Juazeiro, mas que desde os 19 anos atua no futebol espanhol, é um dos casos da atual Seleção de jogador com pouca rodagem no território nacional. Mas o jogador de 32 anos argumenta que o cenário do futebol nacional não é tão próspero.
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- As circunstâncias impedem fazer grande carreira no Brasil. Apesar de jogar fora, sou tão brasileiro quanto o cara que é o mais brasileiro. Esse orgulho, a vontade, é superior. Os clubes também não preparam para subir e sim para vender. Se o futebol tivesse um pouco mais de organização e segurança financeira, os jogadores fariam uma carreira mais duradoura aqui - completou.
A Seleção Brasileira terá o desafio de se recuperar nas Eliminatórias, nesta terça-feira, contra a Venezuela, no Castelão, em Fortaleza.
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*LANCEPRESS
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