Caxias vai anunciar novo diretor nesta quarta-feira e pode perder o técnico

A direção do Caxias deve completar nesta quarta-feira os últimos movimentos no departamento de futebol para tentar alcançar o milagre de não ser rebaixado na Série C do Brasileiro. Depois de demitir o gerente Gil Baiano e aceitar o desligamento do diretor João Luiz Pieruccini, três situações parecem ser questão de tempo no Estádio Centenário: a saída voluntária do técnico Marcelo Vilar, o retorno do dirigente José Caetano Setti e a contratação de um novo treinador.

- Muitos amigos e torcedores me mandaram mensagem pedindo para eu voltar. Sempre que solicitado, eu vou, mas ninguém até agora me ligou de forma oficial. É uma missão quase impossível a situação do Caxias, mas o futebol nos surpreende muito. Teria de conversar, saber também se haverá respaldo com o objetivo de implantar um projeto para a realidade de 2016, que vai ser um ano terrível. Saí no ano passado porque o presidente me pediu o cargo e eu me afastei para não inibir o Washington e o Paulo Turra. Mas isso já está superado - disse Setti, no início da noite de terça.

O presidente Nelson Rech Filho garantiu que o novo diretor de futebol vai ser escolhido em consenso. Quanto ao técnico, revelou que Vilar pediu para pensar e que nesta quarta daria uma resposta se fica ou não:

- Com a saída do Gil e do Pieruccini, o Marcelo se sentiu abandonado e pediu para dar uma pensada melhor. Estou aguardando uma posição. Tomara que fique. Se acontecer o contrário, vamos correr atrás de um treinador também.

Caso Setti seja chamado e Vilar confirme o pedido de demissão, a decisão sobre o novo comandante grená não vai demorar muito. Todo mundo sabe que não há muito tempo. Serão quatro treinos até o jogo de domingo, contra o Brasil-Pe, às 19h, em Pelotas.

- Não tenho problema de trabalhar com um técnico que já esteja no clube, mas se o Vilar sair e eu for convidado para voltar, teremos que buscar um treinador que conheça o Caxias, que não seja de longe e que participe do projeto para 2016. Falaram no Picoli, mas ele não aceitaria - comentou Setti, quando perguntado o que faria.