O estudante Tomas Castaño, 15 anos, era um bebê quando deixou o Uruguai. Ele tinha apenas um ano de idade quando o pai decidiu montar uma empresa em Caxias do Sul e trouxe a família: ele, o irmão mais velho, hoje com 25 anos, e a mãe. Embora tenha crescido e se criado no Brasil, Tomas, que é natural de Montevidéu, tem muito mais identificação com o país de origem. A paixão pelo país fica mais evidente quando o assunto é futebol. Neste sábado (28), a família viaja ao Rio de Janeiro para acompanhar a partida entre Uruguai e Colômbia na Fan Fest. Eles tentaram comprar ingresso para o jogo no Maracanã, mas não conseguiram. Parentes de Montevidéu também estarão presentes. E se a seleção Celeste encontrar o Brasil logo adiante, Tomas não tem dúvida: torcerá para o Uruguai.
"Toda a minha família torce para o Uruguai, por isso, eu torço junto. Meus pais torcem desde pequenos e eu acompanho eles, torço junto", explica o jovem torcedor do Nacional de Montevidéu.
A argentina Martina Ayesa, 15, não tem a mesma empolgação que o colega Tomas tem pelo Uruguai. Pelo contrário. A garota, que chegou em Caxias com um ano e meio de idade com a mãe e o padrasto, torce contra o país onde nasceu. Natural de Mercedez, cidade a 100 km de Buenos Aires, Martina se sente muito mais brasileira que argentina. Ela até viaja à Argentina a cada três meses para visitar o pai e o irmão, mas prefere Caxias do Sul. A estudante, que tinha apenas três anos quando o Brasil conquistou o pentacampeonato, em 2002, espera comemorar o hexa neste ano:
"Eu acho que o Brasil vai ganhar. Na verdade, eu quero que ganhe e torço para que a Argentina seja eliminada o quanto antes".
Neste sábado, Brasil e Chile se enfrentam às 13h, no Mineirão. Uruguai e Colombia jogam às 17h, no Maracanã.
Gaúcha
Uruguaio e argentina que vivem em Caxias demonstram sentimentos diferentes em relação aos países de origem
Enquanto Tomas Castaño torce pela seleção Celeste, a argentina Martina Ayesa quer ver o Brasil campeão
Juliana Bevilaqua
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