A Liga dos Campeões terá uma final alemã no próximo dia 26 de maio, em Londres. Nesta quarta-feira, o Bayern Munique deu um passeio, goleou mais uma vez o Barcelona por 3 a 0, e ratificou a passagem da equipe bávara para Wembley. O adversário na decisão será o rival Borussia Dortmund.
Estas semifinais de Liga dos Campeões, curiosamente, refletiram a realidade econômica da Europa. De um lado uma Alemanha economicamente mais forte, e de outro uma Espanha que passa por grave crise financeira e possui a maior taxa de desemprego do continente. Venceu o lado mais forte, em ambos duelos.
Como operários bem aplicados, os jogadores do Bayern fizeram um trabalho bem feito. Mantiveram a marcação pressão no campo do Barcelona e, quando atacados, se defendiam com a mesma eficiência.
Um mar de camisas vermelhas era visto a partir da intermediária todas as vezes em que o Barça ensaiava um ataque. No outro lado, o time blaugrana ressentia mais uma vez a ausência de Messi, desta vez não apenas futebolisticamente mas também fisicamente. Isso porque o camisa 10, que poderia desequilibrar, começou no banco de reservas.
Além de não contar com o seu principal jogador, o Barcelona ainda tinha problemas para manter a sua troca de passes devido à feroz marcação bávara. Para dar mais trabalho aos catalães, o Bayern assustava em contra-ataques velozes. Curioso que assustava, mas não finalizava. O time de Jupp Heynckes foi frio, dava as cartas pois sabia que a obrigação de se desdobrar estava do outro lado.
Quando os primeiros 45 minutos terminaram, o gerente Jupp Heynckes já previa que a meta seria alcançada. Era só manter a coisa do jeito que estava e pronto, a viagem para Londres estaria confirmada. Só que Robben resolveu dar uma uma de funcionário do mês e cumpriu o seu ofício. Correu pela ponta direita, puxou para o meio e soltou a bomba de canhota. Golaço.
E se Robben ganhou aquele quadrinho de funcionário do mês, o mesmo não pode ser dito de Piqué. O zagueiro do Barcelona cometeu uma falha grave, daquelas que dão margem para uma demissão por justa causa. Lahm cruzou e o defensor na tentativa de afastar a bola, espirrou o taco e meteu com raiva contra o próprio gol.
A conta já estava fechada? Ainda não. Müller e Ribèry não quiseram ficar atrás do colega Robben. O francês desceu pela esquerda e cruzou para o alemão tomar o elevador, subir mais alto que todo mundo e usar a cabeça para marcar o terceiro.
E Messi? Bem, o camisa 10 do Barcelona não cobriu o seu plantão. Foi dispensado pelo chefe Tito Vilanova por licença médica. Prescindiu de um talento que poderia, quem sabe, causar algum incômodo durante o feriado bávaro na Catalunha.
Final alemã
Bayern goleia o Barcelona novamente e se garante na final da Liga dos Campeões
No Camp Nou, equipe alemã venceu por 3 a 0 e enfrentará o Borussia Dortmund na decisão
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