Diretor de futebol da Raposa, Alexandre Mattos reclamou de susposto aliciamento e citou Neymar. Vice do Santos diz que fechou contrato de três anos com meia argentino
Se o Santos aguardava uma resposta pela proposta feita pelo argentino Walter Montillo ela já veio. E com dose de revolta por parte do Cruzeiro. Ao saber da declaração do vice-presidente alvinegro Odílio Rodrigues de que já teria acertado um contrato de três anos com o jogador, o diretor de futebol do time mineiro, Alexandre Mattos, disparou contra a atitude. E acusou o Santos de um suposto aliciamento.
Mattos usou o exemplo do assédio a Neymar por clubes europeus, atitude repudiada pelo Santos desde que seu principal jogador entrou na mira dos grandes clubes de fora.
- O Santos está agindo errado. Eles não reclamaram tanto quando os clubes da Espanha falaram diretamento com o Neymar? Pois eles estão fazendo o mesmo com o Montillo. A proposta do Santos é muito abaixo do que o Cruzeiro pede. É muito distante. Anos-luz. A resposta do Cruzeiro para a proposta do Santos é não. Não vejo possibilidade nenhuma deste negócio acontecer - disparou o cartola mineiro.
O diretor de futebol confirmou que se reuniu com Odílio na semana passada, disse que não sabe se o Santos negociou direto com Montillo, mas voltou a repudiar a atitude.
- Tivemos mais uma reunião, o Montillo é importantíssimo para nós. Se o Santos está tendo conversa direta com o Montillo, ele está fazendo da maneira errada. Está errado. E eu não falei com o Montillo, por isso não sei se está tendo conversa. Se o Santos está fazendo isso, está errado - afirmou Mattos.
O próprio empresário de Montillo negou qualquer contato com o Santos e principalmente um contrato de três anos. Irritado, Alexandre Mattos voltou a adotar uma postura característica do Cruzeiro nas últimas tratativas pelo meia argentino: quem quiser, que pague.
- Não conversei mais com o São Paulo depois da primeira conversa. E já está muito grande toda esta história sobre o Montillo. Se outros clubes do Brasil querem o Montillo, que venham aqui e paguem. Porque, por enquanto, isso não aconteceu afirmou.
- Não tem um preço, isso não está definido, mas chega disso, já se falou muito - completou.