Portugal mostrou ser o rival mais complicado para a Espanha nesta Eurocopa, nesta quarta-feira na Donbass Arena, em Donetsk. Isso porque a seleção lusa conseguiu marcar a saída de bola espanhola e impedir a troca de passes característica da Fúria. Mesmo com maior posse de bola, os campeões mundiais pararam na muralha portuguesa e depois de 120 minutos de bola rolando o placar ficou em 0 a 0.
Mas na disputa por pênaltis a sorte esteve ao lado da Espanha, que venceu por 4 a 2 e fará a final da Eurocopa, no domingo, em Kiev. Sem conseguir se aproximar muito da área, os espanhóis não conseguiram criar jogada alguma que levasse perigo ao goleiro Rui Patrício. O arqueiro português só foi exigido no segundo tempo no chute de fora da área de Xavi.
A Espanha se ressentiu de um atacante mais poderoso. A tentativa de Del Bosque com Negredo e David Silva não rendeu frutos, pois a forte marcação portuguesa impedia que a bola chegasse à dupla. Daí as entradas de Fàbregas e Navas no segundo tempo.
Outra alteração que chamou a atenção foi a saída de Xavi para a entrada do atacante Pedro, um sinal de que o o jogo de toque de bola espanhol não estava funcionando.
Ao contrário foi o jogo de Portugal. Quando conseguia tomar a bola, saía em velocidade para tentar surpreender a defesa espanhola. Nani e Cristiano Ronaldo desciam pelas pontas, dando muito trabalho a Sergio Ramos e Jordi Alba.
É certo que as finalizações portuguesas foram todas para fora, mas foi o time luso que chutou mais a gol e esteve mais perto de tirar o zero no placar durante os 90 minutos. Infelizmente a pontaria de Cristiano Ronaldo não estava tão calibrada como o camisa 7 desejava, e invariavelmente os arremates saíam por cima do gol de Casillas. O astro do Real Madrid teve a chance de definir o duelo nos minutos finais, quando recebeu cara a cara com Casillas e mandou a bola na arquibancada da Donbass Arena.
O tempo passava e a permanência do 0 a 0 transformava a partida em um caldeirão de nervosismo. As entradas ríspidas se sucediam e muitos cartões amarelos foram mostrados no segundo tempo pelo árbitro turco Cüneyt Çakir. A prorrogação acabou sendo uma consequência óbvia.
Na prorrogação, a Espanha ganhou o domínio do jogo. Jogar em alto ritmo, marcando em cima durante os 90 minutos, esgotou os jogadores portugueses. Agora Portugal apenas se defendia e os espanhóis sufocavam. Já no primeiro tempo dos 30 minutos extras, a Fúria teve a sua melhor chance na partida. Curiosamente a jogada nasceu de um chute bisonho de Navas, que não saiu. Pedro recolheu a bola, deu dois chapéus sobre João Pereira e passou para Iniesta, quase na pequena área, finalizar. Rui Patrício executou o seu milagre, impedindo o gol certo.
A defesa portuguesa brilhou no segundo tempo da prorrogação. Rui Patrício fez outra grande defesa em chute de Navas, Pepe, Bruno Alves e Fábio Coentrão espanavam todas as bolas. Os espanhóis dominavam, empurravam os lusos, que resistiam bravamente e conseguiram levar a decisão da vaga na final para os pênaltis.
Os espanhóis começaram mal, pois Rui Patrício defendeu o arremate de Xabi Alonso. Porém João Moutinho também foi parado por Casillas e Bruno Alves mandou a bola no travessão. Cristiano Ronaldo sequer teve chance de bater a última cobrança portuguesa, pois Fàbregas converteu o dele. A bola ainda tocou na trave antes de morrer nas redes. Portugal não pôde resistir à sorte espanhola.
Deu Fúria!
Espanha bate Portugal nos pênaltis e garante vaga na final da Eurocopa
Fabregas converteu o pênalti que garantiu a classificação espanhola
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