Pressionado pelos problemas e as sucessivas perguntas sobre a organização do Pan-Americano de Guadalajara, o diretor-geral dos Jogos Carlos Andrade Garín usou as disputas do Rio/2007 para se defender das críticas na manhã desta segunda-feira. O dirigente destacou que a capital carioca também passou por percalços e disparou até contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Os informes que me passaram os chefes de missão me dizem que o Rio estava com mais problemas nessa mesma época, antes dos Jogos. A Vila dos atletas não podia ser habitada porque não havia água quente - disse Garín.
Nos últimos dias, ele tem sido pressionado por todos os lados devido às questões ainda sem solução. Chegou, inclusive, a ser repreendido pelo presidente da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), entidade proprietária dos Jogos, Mário Vázquez Raña.
Dentre os principais problemas está o transporte. A faixa exclusiva criada para veículos do Pan não tem sido respeitada pelos motoristas comuns. E para atenuar o problema de trânsito, as escola particulares dos ensinos fundamental e médio foram proibidas de funcionar durante os Jogos, medida que não estava prevista.
Cada vez mais incomodado com as perguntas sobre a organização do Pan, Garín passou a repetir que tudo estará pronto em tempo, antes da cerimônia de abertura, sexta-feira.
Na tentativa de se afastar das críticas, o diretor-geral dos Jogos chegou a manifestar a certeza de que o povo mexicano não irá vaiar o presidente Felipe Calderón, a exemplo do que fizeram os brasileiros com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a abertura do Rio/2007.
- Não creio que os mexicanos vão vaiar o presidente - afirmou.
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