
Inter e Fluminense prometem repetir a dose de emoção, força e entretenimento (para quem não estiver envolvido, é claro) que apresentaram no Maracanã, há uma semana. A partir das 21h30min desta quarta-feira (4), só um deles avançará para a final da Libertadores. E será quem vencer, no tempo normal ou nos pênaltis. O 2 a 2 da partida de ida não dá vantagem a ninguém na volta da semifinal, no Beira-Rio. Por isso, há mistérios de parte a parte.
A curiosidade é que são os mesmos da partida de ida. No caso colorado, na lateral direita. E é mais pelo protocolo da dúvida do que propriamente algo que tire o sono de Eduardo Coudet. Será uma surpresa grande se Hugo Mallo não aparecer entre os 11, reprisando a escalação inicial da partida de ida.
O espanhol formará a defesa internacional, com a companhia do uruguaio Rochet, do argentino Mercado e dos brasileiros Vitão e Renê. Vitão, em entrevista aos canais do clube, não escondeu a ansiedade pelo confronto:
— É um sentimento muito próprio, uma sensação única. A gente sempre fala que não sabe quando vai acontecer de novo. Estamos a dois passos de entrar para a história. Então, está todo mundo muito focado, trabalhando bem, com a cabeça boa e muito confiante de que vamos conseguir a classificação.
No meio-campo, Coudet confirmou o retorno de Johnny. Ele não ficou no banco contra o Atlético-MG, no final de semana, mais por precaução do que por alguma lesão efetiva. Seus parceiros de setor serão Aránguiz, Mauricio e Wanderson, com Alan Patrick revezando entre ser segundo atacante e meia avançado. Na frente, a esperança é Enner Valencia, autor de quatro gols em cinco jogos no mata-mata da Libertadores.
Mauricio resumiu o sentimento de todos no Inter:
— É o maior jogo da minha vida. Vai ser uma linda festa da torcida, e espero que a gente consiga fazer um grande jogo. A ansiedade é alta, fica difícil dormir de noite, lembramos de tudo o que fizemos e passamos para chegar até aqui.
— É o maior jogo da minha vida. Vai ser uma linda festa da torcida, e espero que a gente consiga fazer um grande jogo. A ansiedade é alta, fica difícil dormir de noite, lembramos de tudo o que fizemos e passamos para chegar até aqui
MAURICIO
Meia-atacante do Inter
No Fluminense, os mistérios são mais quentes, ainda que sejam os mesmos da partida de ida. É que o desempenho do time no Maracanã reabriu o debate sobre a montagem do time. A escalação ofensiva do jogo de ida não deu o resultado esperado por Diniz, e a equipe pode ser diferente no Beira-Rio.
Desta vez, o técnico deve optar por Alexsander no meio-campo, tirando um dos atacantes (provavelmente John Kennedy). O jovem dá mais suporte a Marcelo e reforça a combatividade no setor, juntando-se a André na missão de conter os meias colorados. Com ele, o Flu deve jogar no 4-3-3, tendo Ganso à frente deles, com Arias e Keno abertos e Cano de centroavante.
Nomes e formação à parte, o Fluminense tenta voltar à decisão da Libertadores, o que não ocorre desde 2008. A equipe nunca conquistou a competição continental. Por isso, ganhar no Beira-Rio é uma obsessão para Felipe Melo:
— A gente pode sonhar. Todos os dias me imagino classificando, levantando a taça da Libertadores. É até fácil falar isso agora, mas falei isso quando cheguei ao Fluminense. Estamos a um passo de chegar a uma grande final. Estamos muito perto, mas também muito longe porque tem o Inter.
A dois passos da glória, Inter e Fluminense pararão a América. Se fizerem o mesmo que no Maracanã, estará garantida uma noite histórica no Beira-Rio.