Longe de mim querer te dizer como tu deves torcer para o Colorado. Cada torcedor é livre para apoiar e/ou criticar o Inter como bem entender. O mesmo vale para a nossa relação com o time de azul. Há os colorados que não se importam com o Grêmio e há aqueles que dedicam boa parte das suas energias a desejar que tudo de mais horroroso aconteça àqueles de camiseta listrada. Eu faço parte do segundo grupo.
Durante Gauchão, Brasileirão e Recopas da vida, nem tanto. Não vejo motivo para secar o Grêmio nesse tipo de competição. Agora, quando se trata da Libertadores da América, meu amorzinho, meu bebê que tive nos braços até tão pouco tempo, tudo muda. Não há noite de jogo libertador azul que não conte com o meu secador ligado no máximo ao lado da TV.
Aí é que vem o problema. Durante todo o ano passado, assim como nesta terça-feira, secar o Grêmio na Libertadores significa torcer para rigorosamente ninguém. Esperar que os coitadinhos do Zamora ou do Defensor nos tragam algum alívio é tão frustrante quanto esperar medalha do Brasil na Olimpíada de Inverno. Não vai acontecer.
Sem partida memorável
E não vai acontecer porque não há nada do outro lado do gramado. Assim, sem jogar contra ninguém, sem ter nenhuma partida memorável, sem ter tido de reverter nenhum placar em nenhum jogo – já que não havia ninguém jogando contra –, eles ganharam de volta a taça que nós, ali nas arquibancadas do Gigante, havíamos visto ser pintada de vermelho duas vezes.
Se há alguma dúvida disso, basta lembrar que o embate mais encardido da campanha gremista em 2017 foi contra o Botafogo.