É uma grande porcaria ver o rival ser campeão. Foi assim em 2016. Foi pior em 2017. Foi ruim agora.
Sei que esta coluna é destinada ao Inter e ao torcedor colorado, mas, peço perdão e licença para dizer que sou do time do Rudi Armin Petry, ex-presidente do Grêmio que costumava dizer, se não exatamente com essas palavras, mais ou menos assim: “O Grêmio é grande devido à grandeza do Internacional.”
Dito isso, atesto: o Grêmio, infelizmente, vive a fase que vivíamos há 10 anos.
Nos jogos mais difíceis e nas decisões mais complicadas, o adversário pode até ser melhor, pode até criar as melhores chances, pode até pressionar com dois jogadores a mais. No fim, o melhor time, em melhor fase, quem fica com a taça é o teu rival. O teu desprezível e irritante rival.
Sofro – sofremos – agora o que nossos amigos, tios, primos gremistas sofriam há uma década. E, um dia, isso mudará novamente.
Batalha de São Gabriel
É preciso ter perseverança. Nos anos 1990, acreditem, era bem pior. Além de o Grêmio ganhar tudo – ou quase tudo –, nós não ganhávamos nada – ou quase nada –, e os grandes títulos brasileiros dos anos 1970 eram tão distantes quanto, hoje, para um gremista adolescente, o último rebaixamento do time dele.
Respaldo e admiração andam juntos na rivalidade Gre-Nal. Fica aqui minha sincera estima pela conquista de quarta-feira. Resta-me torcer para que, no ano que vem, a Batalha de São Gabriel ou de Igrejinha os traga de volta da Divisão de Acesso. Não creio que isso vá acontecer.