Chegou a hora de Antônio Carlos Zago ser cobrado pela direção do Inter. Zago entra na Série B (com a obrigação de, no mínimo, terminar o torneio em quarto lugar) pilotando uma Ferrari contra diversas Minardis (sim, quando eu assistia à F-1 ainda era assim).
Pensando bem, com uma folha mensal na casa dos R$ 7 milhões e com todos os recursos que tem à disposição contra times cujas folhas são de R$ 400 mil mensais, ficar em quarto na B é um vexame. O Inter de Zago tem a obrigação de voltar para a Primeira Divisão como campeão da Segundona. E não estou entre aqueles que entendem ser uma barbada ganhar esse torneio, tampouco que o Inter vai "passear" na B. Longe disso.
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Como recursos e reforços não faltam, além da limpa de 37 jogadores que estavam no elenco do ano passado, Zago precisará ser muito cobrado. Desde o primeiro jogo, contra o Londrina, neste sábado.
O seu time ainda não convenceu na temporada (sim, é verdade que sofreu baixas importantes, mas só encantou mesmo em 20 minutos do Gre-Nal e no jogo entre iguais contra o Corinthians, no Beira-Rio) e, depois do jogo no Estádio do Café, terá um desafio do tamanho do Brasil: o Palmeiras, no Allianz. Talvez o último encontro do Inter com a Série A em 2017, dependendo do que ocorrer nesse mata-mata e no sorteio da Primeira Liga.
O certo é que acabaram as desculpas para a comissão técnica do Inter. Afinal, bem mais importante do que vencer o Gauchão é não ser convidado a disputar por dois anos seguidos a Série B.
*ZHESPORTES