Do time que venceu o Fortaleza na quarta-feira passada, Celso Roth não poderá contar com apenas um jogador: suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Rodrigo Dourado é a ausência para enfrentar o Santos na quinta-feira, pelo Brasileirão.
Para seu lugar, o técnico tem três opções, e os treinos de hoje darão indício de quem será o escolhido entre Anselmo, Eduardo Henrique e Fernando Bob. Essa será a dúvida a ser dirimida a partir desta segunda-feira, segundo informou o próprio treinador no trabalho de sábado pela manhã.
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São três jogadores de características diferentes, principalmente na comparação de Eduardo com os outros dois concorrentes. Enquanto o ex-jogador do Atlético-MG, contratado recentemente, exerce funções mais ofensivas, quase na segunda linha, os outros dois são primeiros volantes mesmo, mais voltados à marcação do que à armação.
Entre eles, o que parece ter ficado mais para o fim da fila é Fernando Bob. De titular incontestável e avalista das saídas de bola do time, ainda sob comando de Argel no início do ano, o ex-volante da Ponte Preta perdeu espaço. Sua última atuação, contra o Sport, foi bastante criticada. Nos oito minutos em que ficou em campo, fez duas faltas: na primeira, levou cartão amarelo e dela saiu o gol de empate dos pernambucanos. Na segunda, arriscou ser expulso, mas contou com a condescendência do árbitro.
Anselmo, por sua vez, é aposta da direção. O volante tem a simpatia inclusive do vice de futebol Fernando Carvalho. Estava começando a receber sequência quando se machucou, contra o Corinthians. Além de receber rasgados elogios em Santa Catarina, onde teve destaque no Joinville, é também indicado para substituir Dourado pelo comentarista Cléber Grabauska, da Rádio Gaúcha:
– Mais por suas características do que pelo que mostrou até agora, Anselmo deve ser o substituto. Fernando Bob tem falhado seguidamente e Eduardo Henrique seria titular no meu time, mas como segundo volante, no lugar de Fabinho.
Eduardo, por sua vez, tem aparecido bem. Mas seu estilo mais ofensivo pode atrapalhar. André Luiz, ex-zagueiro e lateral do Inter, atualmente auxiliar técnico do Bahia, trabalhou com o volante nas seleções de base.
– Ele tem personalidade, força e imposição, não foge do jogo. Mas, de fato, é um jogador de segunda função de meia. Anselmo, que enfrentamos diversas vezes quando estávamos na Chapecoense, é um volante mais clássico, mas muitas vezes aparecia na frente nos tempos de Joinville e até mesmo fazia uns golzinhos – recorda.
Em dois turnos nesta segunda-feira, a dúvida deverá ser dirimida por Celso Roth. Mas até quinta-feira, o mistério não está descartado.
