
Longe de mim criticar quem critica. Dizer o que pensa, de forma civilizada, é um direito e um dever. Mas noto que muita gente boa está repetindo com o técnico Celso Roth o mesmo erro que cometeu com o Falcão: condenando o trabalho sem dar tempo para que o profissional encontre sua equipe, ensaie os movimentos, imponha a sua filosofia de jogo.
O caso de Roth é ainda pior, porque nem estrear ele estreou. Até agora, só treino. Vamos usar o exemplo de um mundo que conheço bem: o teatro. Imagine alguém sentando a lenha numa peça antes mesmo dela estrear. Destruir tudo e só ter visto uma parte do ensaio. Deixem o Roth trabalhar.
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A gente pode achar ele simpático ou não. Mas treinador não ganha jogo com simpatia e com sorrisos. Ganha jogo com bons jogadores, com trabalho, dedicação e conhecimento de futebol. Isso o Roth tem. Ah, precisa um pouco de sorte também.
Tudo passa pela partida do Brasileirão que faremos na segunda-feira, contra a Chapecoense, na Arena Condá. Mais do que um jogo difícil, será um exercício extremo de cautela, estratégia e dedicação.
Ansiedade grande
Tenho certeza absoluta que o que está acontecendo no Beira-Rio é, em parte, gerado pela ansiedade generalizada. Sei também que é muito difícil manter a calma neste momento. Mas é o que temos que fazer.
Não adianta ter muita afoiteza. Precisamos ter paciência. É igual a caçar Pokémon. Eles aparecem quando a gente menos espera.