Agora é oficial: Paulo Roberto Falcão é o novo técnico do Inter. Ao lado do presidente Vitorio Piffero e do vice de futebol Carlos Pellegrini, o ídolo colorado foi apresentado, no início da tarde desta quarta-feira, na sala de imprensa do Estádio Beira-Rio. Com a camisa 5, número que o consagrou no clube quando jogador, Falcão exaltou a gratidão por voltar a "sua casa".
– Estou muito feliz de estar aqui, é uma situação que me gratifica. Tenho a noção exata do tamanho do desafio. Acho que temos um grupo que pode realmente dar mais, vim aqui colaborar com eles. Acho que o objetivo dessa volta pra casa, em um time em que me criei, é um bom momento para começar esse trabalho – declarou.
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A rápida negociação e apresentação de Falcão reflete a urgência que a equipe tem de espantar a má fase no Brasileirão. O time colorado já acumula seis jogos seguidos sem vencer, e o novo técnico não fugiu de projetar como deve ser a reação do time no campeonato.
– Isso requer uma velocidade evidente, tem jogo no domingo contra o líder. Acho que não podemos confundir o trabalho com a pressa. Certamente ele (Argel) deixou boas coisas aqui e, claro, vamos modificar outras que eu acho que um time de futebol deve ter. A gente tem que procurar ser muito objetivo e ter condições de casar as características dos jogadores – exaltou.
Esta é a terceira passagem do técnico pelo comando colorado. Falcão já esteve à frente do time em duas oportunidades: em 1993 e em 2011, todas elas curtas. Em 1993, foram 14 partidas, e em 2011 foram 19 jogos.
Após a coletiva, Falcão foi levado ao gramado do Beira-Rio para receber as boas-vindas da torcida. Logo após, o técnico comandará seu primeiro treino no Inter, marcado para as 15h30min.
Confira trechos da coletiva do novo treinador colorado:
Sobre sua filosofia de futebol
Eu tenho de conhecer as características dos jogadores. Ver quem está mais necessitado no lado emocional. Eu gosto do time que joga bola, que sai jogando com os pés. O chutão é uma ilusão de 10 segundos, porque a bola volta. Para não dar chutão, tem de ter aproximação. E isso é uma coisa que não se resolve de hoje para amanhã. Gosto de time que possa compactar bem, marcar. O desafio é sair da teoria para a prática.
Sobre rendimento e resultados
É um momento em que precisamos ganhar. À medida que o resultado vier, o grupo ganha confiança. Se pudermos fazer um bom jogo, melhor. Meu grande desafio é criar um time que ganhou porque jogou bem. Senão vira só estatísticas.
Sobre iniciar um trabalho no meio do campeonato
O momento é bom. Embora faltem cinco rodadas para terminar o primeiro turno, devemos ter dias para treinar. Não queremos passar por pressa. Nós temos que ter convicções, mas não necessariamente resposta para tudo.
Sobre ser um ídolo colorado
Torcedor é a razão máxima de um clube existir. Evidente que queremos um Beira-Rio lotado no domingo. Essa manifestação do torcedor é o que vai nutrir os nossos jogos. Claro que só isso não adianta. Eu não gosto de trabalhar em cima de motivação só. Gosto de ter qualidade de jogo.
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